Do Mercado #13: O melhor momento para operar Swing Trade

16 de agosto de 2021
Na Do Mercado de hoje, vou falar sobre swing trades, uma ferramenta que investidores usam para operar na bolsa e que pode ser bastante propícia (e lucrativa!) para o momento.

 

Olá.

Aqui é o Rodrigo Natali. Seja bem-vindo(a) a mais uma edição da “Do Mercado”.

Hoje, vou falar um pouco sobre swing trades.

Essa é uma ferramenta que investidores usam para operar na bolsa. É uma estratégia de curto e médio prazo que busca identificar tendências para ganhar dinheiro com as oscilações do mercado.

Eu, particularmente, não gosto de usar com frequência, mas, em alguns momentos, pode ser bastante propício (e lucrativo).

Vou usar o panorama atual deste mês, agosto de 2021, para exemplificar melhor.

Se olharmos para o começo do mês, o dólar estava quase no mesmo preço de hoje, por volta de R$ 5,22; com a bolsa é a mesma coisa, está basicamente no mesmo patamar, na faixa dos 120 mil pontos.

Mas isso não quer dizer que não tivemos movimentações e clima tenso, tanto aqui quanto no exterior. Mas os motivos foram diferentes. 

Por aqui, tivemos um debate político acirrado sobre o formato das próximas eleições, auxílios emergenciais, dentre outros. Debates esses que aconteceram ao mesmo tempo, fazendo com que acontecesse um certo estresse no mercado.

Nesses momentos de estresse, o dólar chegou a bater R$ 5,30 mais de uma vez. Mas voltou. Por quê?

Esse é um preço tão importante que as pessoas que têm a tese vendida, ou seja, investiram esperando que o ativo caia e desvalorize, serão forçadas a reconsiderar.

É o que chamamos de um preço-teto importante.

E pra esses preços serem rompidos, é necessário que algum evento importante aconteça.

Até agora, não tivemos esse evento.

Mesmo que as discussões políticas dos últimos tempos tenham sido importantes e mexeram, de certa forma, com o mercado, nenhuma delas foi resolvida.

Elas têm força para mexer com o mercado, mas não tem força suficiente para que ele rompa os preços-teto.

O mesmo acontece no caminho inverso. 

E são nesses momentos, quando o mercado está preso em uma variação, que chamamos de range, que é uma boa hora de fazer os swing trades.

Vender quando o mercado sobe e comprar quando cai. 

Com pouco risco, flexibilidade e agilidade na carteira, criando um alfa - a capacidade de um investimento render lucros acima do esperado - em um mercado sem direção.

O mesmo aconteceu no mercado exterior. E o grande evento que, em minha opinião, está segurando o preço desses ativos é o Simpósio Econômico de Jackson Hole. Se você não sabe do que se trata esse simpósio, há algumas semanas publicamos um relatório gratuito na Inversa sobre o tema. Você pode ler neste link.

O fórum termina no dia 28 de agosto, quando Jerome Powell, presidente do Banco Central norte-americano (FED) solta um comunicado com as conclusões e opiniões acerca de como os países, órgãos governamentais e até mesmo outros Bancos Centrais deveriam agir na política monetária.

Essa reunião é muito importante para ver o que está ancorando tudo que está acontecendo de importante agora, antes dela.

E lá fora aconteceu a mesma coisa que aqui em relação aos preços. O dólar batia o nível psicológico, o teto de lá (como os nossos R$ 5,30), e voltava.

Diversos dados e informações relevantes poderiam ser suficientes para que o dólar rompa esse preço pra cima, mas ele está preso nesse nível porque falta um grande evento que irá ancorar todos os preços.

E é neste período, quando o mercado está indefinido e sem grandes oscilações, o melhor momento para operar swing trades

Mas importante: isso vale a pena até o momento em que o mercado pegue uma tendência.

Nesse caso, o melhor é parar de fazer swing trade e surfar a nova onda que pode estar começando.

Mas, até o Simpósio de Jackson Hole, acredito que essas oportunidades continuem se apresentando.

Essa foi a Do Mercado de hoje.

 

Um abraço,

Rodrigo Natali

Conheça o responsável por esta edição:

Rodrigo Natali

Estrategista-Chefe

Rodrigo Natali tem graduação e MBA pela FGV. É especialista em câmbio e macroeconomia, tem 25 anos de experiência no mercado financeiro, tendo passado por diversas instituições nacionais e internacionais onde exerceu a profissão de trader e gestor de fundos de investimento multimercado.

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