Olá, investidores!
Meu nome é Rodrigo Natali, bem-vindo(a) a mais uma coluna “Do Mercado”.
Hoje, a taxa de juros oficial, a Selic, se encontra em 4,25% ao ano e muito se discute, principalmente conforme novos dados vão saindo, para onde ela deve chegar ao final de 2021.
Esse nível de final de ano é importante por ser calendário, os números viram referência, e porque, especialmente no ano que vem, teremos um ano eleitoral, quando tradicionalmente os governos não gostam de subir os juros para minimizarem a chance de serem impopulares e perderem votos.
Hoje em dia, o consenso do mercado é que cheguemos ao final do ano a 7,5%. E qual o caminho para isso?
Como temos mais quatro reuniões do COPOM e sabemos o que está no mercado futuro, o caminho para chegarmos lá seria mais uma alta de 1% e, posteriormente, mais três altas de 0,75%.
Isso me parece um pouco exagerado, ainda mais depois de observarmos a inflação surpreendendo para baixo. Diria que o cenário acima é o mais radical que eu consigo imaginar.
É muito fácil imaginar um Banco Central que não realiza a última alta ou das duas últimas altas.
Ou que suba apenas 0,75% na próxima, o que já seria capaz de fazer com que todas as expectativas fossem realizadas para baixo.
Mesmo com o Boletim Focus mostrando uma inflação neste final de ano 6,11%, bem acima da meta, a inflação esperada para o final de 2022, que caiu nas últimas semanas, está em 3,75%.
E o BC foi bem claro na última reunião ao afirmar que não está mais olhando este ano calendário, mas sim o próximo (2022).
Por isso, realmente acredito que o mercado já colocou no preço o cenário mais agressivo possível para o Copom.
Pessoalmente acredito ser possível chegarmos acima desse nível, e, muito provavelmente, que cheguemos no final do ano a 6,5%.
Um grande abraço,
Rodrigo Natali