Do Mercado #11: Para onde vai a Selic?

19 de julho de 2021
Hoje em dia, o consenso do mercado é que cheguemos ao final do ano a 7,5%. E qual o caminho para isso?

Olá, investidores!

Meu nome é Rodrigo Natali, bem-vindo(a) a mais uma coluna “Do Mercado”.

Hoje, a taxa de juros oficial, a Selic, se encontra em 4,25% ao ano e muito se discute, principalmente conforme novos dados vão saindo, para onde ela deve chegar ao final de 2021.

Esse nível de final de ano é importante por ser calendário, os números viram referência, e porque, especialmente no ano que vem, teremos um ano eleitoral, quando tradicionalmente os governos não gostam de subir os juros para minimizarem a chance de serem impopulares e perderem votos.

Hoje em dia, o consenso do mercado é que cheguemos ao final do ano a 7,5%. E qual o caminho para isso?

Como temos mais quatro reuniões do COPOM e sabemos o que está no mercado futuro, o caminho para chegarmos lá seria mais uma alta de 1% e, posteriormente, mais três altas de 0,75%.

Isso me parece um pouco exagerado, ainda mais depois de observarmos a inflação surpreendendo para baixo. Diria que o cenário acima é o mais radical que eu consigo imaginar.

É muito fácil imaginar um Banco Central que não realiza a última alta ou das duas últimas altas.

Ou que suba apenas 0,75% na próxima, o que já seria capaz de fazer com que todas as expectativas fossem realizadas para baixo.

Mesmo com o Boletim Focus mostrando uma inflação neste final de ano 6,11%, bem acima da meta, a inflação esperada para o final de 2022, que caiu nas últimas semanas, está em 3,75%.

E o BC foi bem claro na última reunião ao afirmar que não está mais olhando este ano calendário, mas sim o próximo (2022).

Por isso, realmente acredito que o mercado já colocou no preço o cenário mais agressivo possível para o Copom.

Pessoalmente acredito ser possível chegarmos acima desse nível, e, muito provavelmente, que cheguemos no final do ano a 6,5%.

Um grande abraço,

Rodrigo Natali

Conheça o responsável por esta edição:

Rodrigo Natali

Estrategista-Chefe

Rodrigo Natali tem graduação e MBA pela FGV. É especialista em câmbio e macroeconomia, tem 25 anos de experiência no mercado financeiro, tendo passado por diversas instituições nacionais e internacionais onde exerceu a profissão de trader e gestor de fundos de investimento multimercado.

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