Do Mercado #56: O Brasil está bem posicionado, somos exportadores!

17 de junho de 2022
Em meio a tantas turbulências nos mercados, diversas classes de ativos despencaram nas últimas semanas, isso devido a vários fatores: inflação, alta de juros do Fed, lockdown na China, decisões e outros fatores. Porém, exceto uma única classe de ativos continua firme…
 

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Mesmo com o mundo entrando em uma espiral negativa de preços, notícias e eventos, ainda continuamos firmes e confiantes em nossa tese das exportadoras. 

Na segunda-feira, dia 13 de junho, foi possível ver os mercados abrindo em pânico! Praticamente, todos os ativos em geral perderam e ainda estão perdendo valor. No Brasil, por exemplo, a Bolsa abriu com todas as ações caindo, mas também as Bolsas em geral em todo mundo, assim como destruições de riqueza, em bonds americanos e europeus.

Um exemplo disso foi o título da dívida alemã de dois anos operando acima de 1%, esses são níveis não vistos desde 2011. Os títulos da dívida italiana estão operando sobre dois desvios padrões acima da média, ou 270 basis points acima dos bonds, números não vistos desde a crise europeia de 2013.

Foi possível observar o mercado cripto despencando, com o Bitcoin chegando a bater o patamar de 22 mil dólares e as moedas de DeFi chegando a cair 30% em um único dia. Praticamente nenhum ativo ficou livre dessas grandes oscilações, exceto pelas commodities!

As commodities também caíram, mas diferentemente do resto dos ativos que representaram um movimento fora do normal, elas operaram sob uma volatilidade, praticamente comum.

O minério de ferro ainda está a 135 dólares a tonelada e no petróleo vimos uma alta de 1%, mesmo com todos os movimentos dos mercados e com as notícias do lockdown na China. 

Embora o movimento na margem tenha sido negativo, estamos melhor posicionados por sermos um país exportador, pois esse setor está muito mais defensivo do que outros.

Mas, é preciso lembrar: estamos apenas no começo do processo de alta monetária com a largada dos Estados Unidos e a Europa ainda nem mesmo iniciou. Para o aspecto Brasil, diante do contexto, nos encontramos bem confortáveis.

Esse sinal de força das commodities, a classe ativos que temos mais confiança, tem se mostrado uma fonte de segurança mesmo quando tudo se deteriora. Infelizmente, a maioria das pessoas ainda não tem o mesmo grau de certeza que nós nesse call
Porém, ainda há um tempo para que essa dinâmica se torne um pouco mais consensual, principalmente quando se trata de um momento sensível em que tudo está despencando.

O setor das commodities continua segurando e se mostrando muito forte. O mundo vai implodindo e o Brasil vai aguentando!

Aguardo você na próxima edição!

Um grande abraço,
Rodrigo Natali.

Conheça o responsável por esta edição:

Rodrigo Natali

Estrategista-Chefe

Rodrigo Natali tem graduação e MBA pela FGV. É especialista em câmbio e macroeconomia, tem 25 anos de experiência no mercado financeiro, tendo passado por diversas instituições nacionais e internacionais onde exerceu a profissão de trader e gestor de fundos de investimento multimercado.

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