Há dois meses, mais precisamente em fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro viajou à Rússia, onde se reuniu no Kremlin com o presidente Vladimir Putin.
O encontro entre os dois chefes de estado havia sido agendado em dezembro de 2021, quando ainda não se falava na possibilidade do ataque russo à Ucrânia.
Uma das pautas da reunião foi o fornecimento de potássio ao Brasil, fertilizante do qual nossa lavoura é superdependente.
A ida de Bolsonaro a Moscou foi criticada pela imprensa brasileira, porque nessa época a invasão da Ucrânia já parecia certa, como acabou se materializando.
Ontem, a Forbes publicou uma matéria com o seguinte título:
“Navios com fertilizante russo chegam ao Brasil, apesar de sanções.”
São 24 embarcações com quase 700 mil toneladas de insumos, em sua maioria, de cloreto de potássio.
Isso deverá representar a salvação da lavoura brasileira.
Trata-se de uma excelente notícia.
Mesmo tendo iniciado uma guerra de agressão contra seus vizinhos ucranianos, os russos continuam vendendo gás natural, petróleo e carvão para a Alemanha, país membro da OTAN que está fornecendo armamentos e munições para a nação agredida.
A guerra europeia é uma coisa. Já a salvação da lavoura brasileira, principalmente dos campos de soja e milho, é outra completamente diferente.
Misturar as coisas seria péssimo para o Brasil.
Ivan Sant’Anna
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