E se o Lula desistir da candidatura?
Por Ivan Sant'Anna
Caro (a) leitor (a),
Outro dia, numa entrevista, Lula disse, meio que por acaso, “se eu for candidato...”
Ninguém deu muita importância ao “se”. Afinal de contas, com exceção de Jair Bolsonaro, quase todos os pretendentes dizem isso quando ainda faltam muitos meses para as eleições.
Só que, desta vez, como o capitão-presidente antecipou muito o processo, surgiram diversos concorrentes assumidos. A tal Terceira Via.
Mas por que razão Lula iria desistir, tendo tanta vantagem nas pesquisas de intenção de voto?
Simples: idade, medo de não repetir o sucesso anterior, quando saiu com 80% de aprovação, ou razões pessoais, tais como viajar pelo mundo com sua terceira esposa. Enfim, curtir a vida, contando com todas as mordomias que a lei confere aos ex-presidentes.
Algum amigo pode ter lhe dado o exemplo de Getúlio Vargas, Juan Perón, Alan García (Peru) e diversos outros presidentes sul-americanos que se deram mal na volta ao poder.
Mas como, para nós, o que interessa é o mercado, suponho que a Bolsa de Valores, ao menos logo após a notícia da desistência (se é que ela tem algum fundo de verdade), deverá subir.
Sim pois, nessa hipótese, fica afastado o espectro socialista.
Bem, pera aí. Fica mesmo?
Se Lula sair da corrida ao Planalto, provavelmente indicará um substituto que terá enormes chances de se eleger.
Será que ele unge um petista de quatro costados ou alguém moderado que procurará formar um ministério multipartidário, visando o restabelecimento da rigidez fiscal?
Tudo bem. Isso aqui é uma peça de ficção, que terá novo capítulo. Já tem até nome: “E se Jair Bolsonaro não for candidato?”
Um forte abraço,
Ivan Sant'Anna
Nota do Editor: Além de ser autor de alguns de nossos relatórios especiais, Ivan Sant'Anna escreve todas as segundas, terças e quintas-feiras a coluna Warm Up PRO, que você pode conhecer clicando aqui!