No Relatório Especial de hoje, faremos um resumo de alguns dos tópicos mais importantes da semana, sendo eles, os resultados corporativos, os dados de inflação e, por fim, as fortes quedas no mercado das criptomoedas.
Agora, por partes, vamos lá.
Os resultados trimestrais
Nesta semana tivemos muitos resultados sendo divulgados, por isso, comentaremos de forma resumida, iniciando pelos grandes bancos que foram impactados pelo aumento da inadimplência. Os destaques positivos foram para o Itaú Unibanco (ITUB4) que veio com um índice de cobertura mais conservador, o Banco do Brasil (BBAS3) com lucro crescente de 34% em relação ao mesmo período do ano anterior, e o BTG Pactual (BPAC11) que apresentou um lucro de 2 bilhões de reais, 70% maior que o do 1T21.
Já no setor de commodities, tivemos a JBS (JBSS3), apresentando um resultado robusto e melhor que o do ano passado, apesar de inferior ao do quarto trimestre. A SLC Agrícola (SLCE3), companhia focada em algodão, milho e soja, também apresentou bons resultados, puxados pela alta dos preços de seus produtos. Com isso, seu lucro trimestral foi de 800 milhões de reais, 110% superior ao 1T21.
No setor de saúde, a Rede D'Or (RDOR3) divulgou resultado na noite de ontem (12) com queda de 44% nos lucros, puxado pelo aumento de 20% de custos e despesas que não foram acompanhados pela receita, que, por sua vez, subiram menos, 13% na comparação ano contra ano.
Também tivemos empresas do setor de energia apresentando seus balanços. Aqui destacamos a geradora Engie (EGIE3), por exemplo, cresceu os lucros em 20%, atingindo 625 milhões de reais no trimestre. Também é destaque o lançamento da operação de sua linha de transmissão Serra Pelada, do projeto Novo Estado, no início de maio.
Inflação
A semana também foi importante por conta da divulgação de dados sobre inflação no Brasil, Europa e nos Estados Unidos. Na quarta-feira (11), o IBGE divulgou o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 1,06% referente ao mês de abril, valor inferior a maio que havia sido de 1,62%. Apesar disso, o IPCA acumulado nos últimos doze meses é de 12,13%, maior patamar desde 2003.
Porém, o cenário atual possui uma diferença visto que a inflação, agora, é em nível mundial. A Alemanha, por exemplo, também no dia 11, divulgou seu CPI (Consumers Price Index - Índice de Preços ao Consumidor) que, nos últimos doze meses, foi de 7,4%, o maior patamar em 41 anos. E o CPI norte-americano dos últimos doze meses está em 8,3%, valor visto apenas no início dos anos 80.
As razões desses altos números se devem a alguns fatores já muito comentados, como a pandemia e a guerra na Europa, mas também pela atuação dos Bancos Centrais que, por décadas, estimularam suas economias a ponto de deixá-las, hoje, numa situação mais frágil.
Criptomoedas
A inflação comentada acima também tem feito pressão em outras variáveis da economia, como os juros americanos que já começaram a subir. As criptomoedas, que só passaram por um momento parecido em 2018 quando também houve aumento de juros, agora, poderiam se provar resilientes, mas suas fortes quedas da semana deixam uma pulga atrás da orelha do investidor.
Outro fator que contribuiu para tal queda foi o colapso de um famoso blockchain no mundo cripto, a Terra (LUNA). Ele funcionava como um compensador, junto com outras criptomoedas, para a manutenção do preço da stablecoin TerraUSD (UST), que foi criada com o objetivo de manter uma paridade de preço com o dólar americano. Essa paridade era mantida por meio de algoritmos que foram explorados e “quebrados”, levando consigo não só o preço da TerraUSD (UST) para baixo como o token LUNA e de outras criptos.
Como comentamos, esse cenário afetou praticamente todos os criptoativos, inclusive a maior criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), que registrou quedas expressivas chegando a estar cotado a 25 mil dólares. Ao contrário de ontem, hoje, sexta-feira (13) as criptomoedas operam em alta, compensando parte da queda que experimentaram ao longo da semana.
João Abdouni e Nícolas Merola, analistas CNPI
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