MERCADO CRIPTO EM ALTA: O QUE COMPRAR?
Por Nícolas Merola, CNPI
Recentemente anunciado pela gestora Hashdex, um novo ETF de criptoativos irá atingir o mercado no mês de agosto. O BITH11 será o terceiro ETF de criptoativos listado na B3, o que, no mínimo, demonstra algum apetite do investidor brasileiro pela classe.
Agora, a pergunta primordial que você deve ter feito se já cogitou em investir neste mercado é: compro Bitcoin diretamente ou através dos ETFs?
A resposta? Depende!
Sem sombra de dúvidas a alternativa mais rentável, hoje, é investir diretamente nos criptoativos e o principal motivo é a tributação.
O investidor que compra criptoativos diretamente, goza da atual interpretação de que criptoativos são equivalentes aos investimentos no exterior e, portanto, possuem uma isenção de até 35 mil reais em vendas mensais, parecido com o que acontece com as ações aqui no Brasil.
Agora, neste caso, você terá que lidar com todo o processo de abertura de conta em corretoras especializadas, além de ter de aprender a armazená-las de forma apropriada. E aqui muito cuidado! Erros no percurso podem te causar perda permanente do capital transacionado.
É por isso que algumas gestoras como a Hashdex e a QR Asset estão criando alternativas mais “amigáveis” aos investidores tradicionais de se investir em cripto. No início, eram os fundos tradicionais, que se mostraram bem ineficientes nesta missão, e agora os ETFs, muito melhores.
Mas a facilidade de comprar seus criptoativos através de uma corretora ou a “segurança” da custódia profissional (que para os mais libertários pode ser considerado falta de segurança), tem um custo.
O ETF além de cobrar taxa de administração, que mina os seus retornos, não possui a isenção tributária. A alíquota é de 15% sobre todos os lucros na venda, independente de quanto seja.
Hoje, temos duas opções de ETF no mercado, o HASH11 e o QBTC11. E, como comentei no início, será lançado um terceiro, o BITH11. Tanto o QBTC11 quanto o BITH11 se expõem 100% a um único criptoativo, o maior e mais conhecido: o Bitcoin.
Já o HASH11 se expõe a um índice composto por várias criptos. Esse índice muda conforme a movimentação do mercado e pode dar mais ou menos exposição a uma cripto, dependendo de características como valor de mercado, liquidez e opções de custódia.
Minha preferência ainda é por adquirir os criptoativos diretamente, mesmo sabendo das barreiras que devem ser quebradas para entender todo o sistema de transação e custódia, mas compreendo quem se sinta mais seguro investindo pelos ETFs.
Neste segundo caso, minha sugestão é investir no HASH11. Assim, você estará alcançando, através de um único ativo, uma maior diversificação neste mercado.