Buy the dip: investir nas 5 maiores altas ou as 5 maiores baixas do ano? Cuidado!

27 de dezembro de 2021
Com o fim do ano, muito material vem sendo publicado sobre a 'ação X' ou a 'ação Y' que caiu tantos por cento e que, portanto, essa seria uma boa oportunidade de compra. Mas será que o “buy the dip” (comprar ações que caíram) é sempre a melhor alternativa?

Buy the dip: investir nas 5 maiores altas ou as 5 maiores baixas do ano? Cuidado!

 

Por Nícolas Merola (CNPI) e Pietro Tortoreli

 

Se parar e reparar, neste fim de ano, muito material vem sendo publicado sobre a 'ação X' ou a 'ação Y' que caiu tantos por cento e que, portanto, essa seria uma boa oportunidade de compra. 

Coincidentemente ou não, este ano o Ibovespa fechará com uma performance ruim e as ações mais populares e mais faladas durante o ciclo de alta foram as que mais caíram.

Portanto, será que o “buy the dip” (comprar ações que caíram) é sempre a melhor alternativa? 

Para desmistificar isso, trouxemos alguns exemplos recentes de como desempenharam no ano seguinte as ações que mais subiram e desceram em 2018, 2019 e 2020. 

Importante deixar claro aqui que esse não é um estudo com relevância estatística, já que estamos tratando um curto espaço de tempo, mas que já é o suficiente para perceber que essa lógica nem sempre é vencedora, ou seja, que você nunca deve justificar uma compra apenas por uma queda, mas sim pela fundamentação que a fez a ação cair ou subir

 

*Retornos de 2021 calculados até o dia 27/12


A primeira coluna das três tabelas acima mostra quais foram as cinco empresas do Ibovespa que mais caíram ou subiram nos anos de 2018, 2019 e 2020. Enquanto na segunda coluna, como essas mesmas empresas desempenharam nos anos seguintes: 2019, 2020 e 2021 respectivamente.  
 

 

Perceba que num ano muito bom para o Ibovespa, como foi 2019, muitas das ações que mais tinham caído em 2018 foram vitoriosas, entretanto, as que mais subiram também apresentaram boas oportunidades. É o ditado, “em bull market, todos são gênios”.

Já em anos mais difíceis, como 2020 e 2021, os grupos que melhor desempenharam no ano anterior foram os que tiveram, em geral, um melhor desempenho. Ou seja, quem comprou o que caiu, sem olhar fundamentos ou fazer uma análise responsável, falhou. 

Em 2021, as empresas que mais subiram foram Embraer, Braskem, JBS, Marfrig e Pão de Açúcar. As que mais caíram são Magazine Luiza, Via, Americanas, Qualicorp e EzTec. 

Quais desses grupos serão os vencedores de 2022? Os das que subiram ou os das que caíram?

Conheça o responsável por esta edição:

Nícolas Merola

Ações e Fundos de Investimento

Formado em Engenharia Civil pela UVA (Universidade Veiga de Almeida - RJ) em 2017 e com MBA pelo IBEC/INPG em 2018. Nícolas começou a estudar sobre investimentos ainda no início de sua faculdade, quando se apaixonou pelo assunto. Depois de atuar por mais de três anos no mercado de renda variável, de forma autônoma, se juntou em 2019 ao time de especialistas da Inv.

Conheça o responsável por esta edição:

Pietro Tortoreli

Especialista em investimentos

Graduando de engenharia de produção no Instituto Mauá de Tecnologia e apaixonado pelo mercado financeiro, Pietro passou a estudar sobre o assunto ainda no início da faculdade e desde 2021 integra o time de especialistas em investimentos da Inv.

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Analista de Valores Mobiliários responsável (Resolução CVM n.º 20/2021): Nícolas Merola - CNPI Nº: EM-2240