Investigador Financeiro #5 - Deixe o dólar pagar suas férias

21 de fevereiro de 2018
Viagem nacional ou internacional?

Olá.

Eu estou em contagem regressiva para as minhas férias: vou para os Estados Unidos visitar Nova York e a capital norte-americana, Washington.

Viajar é sempre emocionante. Escolher hotéis, os pontos turísticos, os restaurantes, os museus, etc.

O outro lado “emocionante” é comprar dólares. É muito difícil prever se o preço dele, em relação ao real, vai subir ou descer, o que deixa os viajantes bastante indecisos.

É um pouco como a Bolsa, se você pensar bem: um investidor nunca sabe se é hora de entrar ou sair. No meu caso, comprar ou esperar mais um pouco para ver se a moeda americana vai cair.

Por meio de uma agência de viagens, consegui “travar” os valores de alguns itens, como hotéis, fazendo assim um hedge contra as variações bruscas da moeda. Muito bom se o dólar subir muito, no entanto, se cair, eu me dou mal.

Mas para alguns itens, como o dinheiro em espécie para gastar lá, não tem jeito. É ficar de olho na cotação todo dia.

Para não errar, eu sigo a orientação de especialistas: compro um pouco por mês, durante vários meses, para mitigar os efeitos das diferentes cotações. Claro que, como todo investidor, sinto aquele arrependimento de não ter comprado mais dólares quando a cotação estava mais baixa.

Mas paciência, o melhor é seguir a estratégia. Afinal, se eu conseguisse prever o futuro, já estaria milionário, não é mesmo?

Conversando com uma colega aqui da Inversa sobre a minha viagem e a compra de dólares, ela me contou uma história fascinante, que gostaria de compartilhar com você.

Uma maneira inovadora de pagar pelas férias, que gostaria de ter ouvido antes, usando habilidades de investimento.

Por isso, eu pedi para a Vanessa dividir com você também a sua história. Confira o relato, escrito por ela mesmo, abaixo:

Depois de um curso de introdução ao mercado na antiga BM&F, hoje B3, animada pelo conhecimento adquirido nas aulas e apoiada por um colega de turma, decidi que era hora de tentar fazer dinheiro no mercado futuro.

Comecei pelo minicontrato de dólar. E por que escolhi os minicontratos? Simples: era possível operar no mercado futuro com uma quantia menor em relação ao contrato padrão. O risco, claro, existia. Afinal, tratava-se do meu dinheiro, aquele que havia suado para ganhar e poupar desde que comecei a trabalhar.

Mas tomei coragem. Estudei gráficos e tendências, contando com a ajuda desse amigo, que ingressara numa turma de formação para traders e, na sequência, construiu carreira em uma grande corretora, em São Paulo.

Ele, claro, ajudava muito. Mas o que também ajudou foi a escolha de uma boa corretora para operar, com gente capacitada e atenta.

Havia dias em que o lucro vinha. Nos outros, a Bolsa cobrava um ajuste (dureza!). Às vezes, assustava, confesso. Mas no ganha e perde (comum) do mercado, mais ganhei do que perdi.

Aprendi um pouco mais, aplicando o conhecimento obtido naquele curso de introdução. Meu amigo, que apoiava minha empreitada, também ganhou experiência na prática, enquanto ganhava conhecimento no curso de formação.

No final de um ano, consegui acumular algum dinheiro. Pouco quando penso nos grandes investidores, mas suficiente para uma pessoa física iniciante.
 
E o lucro da operação garantiu uma viagem daquelas. Fui para um paraíso, naquela época ainda pouco falado: dez dias em Jericoacoara, no Ceará, passeando de buggy por praias e lagoas paradisíacas. Na volta, para arrematar, mais sete dias curtindo o agito da capital cearense, Fortaleza, e os parques aquáticos da região.


Sim, sonhadas e merecidas férias. E o melhor: nada do que gastei saiu do meu salário. Tudo foi fruto da experiência de investir em minicontrato de dólar. Uma dose de ousadia, eu confesso. Porém, tudo calculado.


Saber investir é realmente a forma de se tornar independente. É por isso que busco me aprofundar todo dia no tema.

O que achei mais interessante é que a Vanessa teve apoio de um amigo trader. Sempre devemos contarcom o apoio de quem conhece melhor o mercado, para aprendermos e, depois, caminharmos sozinhos.

Se você não conhece nenhum, não tem problema. O José Castro, responsável pela série Trading Journal, analisa semanalmente os contratos futuros de dólar, entre outros ativos.

Quem sabe você paga as suas próximas férias dessa forma, como a Vanessa.

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Conheça o responsável por esta edição:

Andre Zara

Especialista em Investimentos para Leigos

André Zara é autor da newsletter “Investigador Financeiro” e sócio da Inversa. Participa das publicações Investidor Completo e Crypto Evolution e, em sua carreira, já colaborou com publicações da Folha de São Paulo, d’O Estado de São Paulo, da editora Abril e do Sebrae-SP. É investidor, empreendedor, entusiasta do mercado de criptomoedas e de projetos de disseminação da cultura de investimentos no Brasil.

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