Olá.
Às vésperas do começo de um novo ano, é natural fazer promessas e traçar objetivos que gostaríamos de atingir em 2019.
A minha promessa, em relação às finanças, é aumentar a porcentagem do meu salário que reservo para investir mensalmente. Em 2018 foram 20%, mas, em 2019, quero guardar 25%.
Assim, espero acelerar a minha aposentadoria. No futuro, quero aumentar ainda mais essa proporção, passando a economizar 30%, 40% e até 50% dos meus ganhos!
Você pode pensar que isso é impossível, mas é factível se você for disciplinado. A verdade é que se tornar financeiramente independente é bastante simples, pelo menos no conceito.
Você só precisa ter uma renda, manter seus gastos abaixo dessa renda (para sempre gerar um saldo positivo) e investir todos os meses (durante alguns anos).
Conversando com várias pessoas, sinto que a maior dificuldade é a disciplina. Quando conseguem aumentar a renda, elas ampliam os gastos. Ou investem um mês e depois passam meses sem fazer aportes.
Além disso, muitos nunca focam em formar a reserva de emergência, que é o dinheiro equivalente a pelo menos 3 meses dos gastos mensais. É isso que libera as pessoas para investir sem se preocupar com as emergências cotidianas.
Outro dia, por exemplo, conversei com um motorista de Uber que tinha quatro cartões de crédito. Obviamente, estava endividado e tentava balancear as contas – tinha um emprego fixo de dia e, à noite, fazia o bico de motorista.
Quando falei que trabalhava com finanças, ele pediu conselhos. A minha sugestão foi bem simples: fique apenas com um cartão de crédito, pague as dívidas e, depois, comece sua reserva de emergência.
Ou seja, é muito importante entender em qual estágio você está na sua vida financeira para fazer sua promessa para 2019:
• Se está endividado, pague suas contas antes que elas afoguem você;
• Se termina todo mês no “zero a zero”, hora de cortar gastos para gerar caixa;
• Já está no positivo? Comece a sua reserva de emergência;
• Se já tem a reserva de emergência, separe uma parte do seu salário para investir todos os meses.
Foque em sua vida financeira em 2019 e não se arrependerá.
Gostaria de saber em qual ETF vocês da Inversa estão mais otimistas para o ano de 2019: BOVA11 OU SMAL11? – Flavio P.
Flavio, como você deve saber, gosto muito do investimento em ETFs. É simples e prático para quem deseja entrar no mundo da renda variável.
Para quem não conhece, o ETF é sigla em inglês para Exchange Traded Funds. É um fundo de índices vendido em Bolsa, como uma ação.
Um ETF costuma replicar índices, como o Ibovespa (BOVA11) ou o índice de small caps (SMAL11), por isso sofre menor variação de preço, afinal, você estará comprando várias ações com apenas um ativo.
Lembre-se de que a diversificação é um ponto importante para seus investimentos: nunca coloque todos os ovos na mesma cesta. E é por isso que o ETF é tão interessante para quem está começando ou tem pouco dinheiro.
A diferença entre os dois ETFs está na composição da carteira. No caso do BOVA11, o ETF é formado atualmente pelas 65 ações de empresas que compõem o Ibovespa, incluindo blue chips (empresa grandes), como Vale, Petrobras e Itaú.
Já o SMAL11 é focado em small caps, empresas de menor porte, e é composto atualmente por 77 ações, como BR Malls, CVC, Fleury e Azul.
Agora, veja no gráfico abaixo como os dois ativos se comportaram nos últimos 6 meses. A linha vermelha representa o BOVA11 e a branca, o SMAL11.
No entanto, olha só que interessante se observarmos um horizonte maior de tempo, analisando o período desde a criação dos ETFs.
Ou seja, em um período mais curto, o BOVA11 ganha do SMAL11. Mas em períodos mais longos, o ETF de small caps dá show.
Por isso, eu gosto de ter os dois ETFs na minha carteira: BOVA11 para o curto e médio prazo, e o SMAL11 para o longo.
Um abraço,
André Zara