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Com tantas dúvidas sobre em qual cenário o mercado se encontra, a pergunta é: como ir posicionado para a eleição?
Atualmente, a impressão que se tem é que existem diferentes cenários, uns contrários aos outros. Para as ações de Petrobras e Banco do Brasil, por exemplo, há probabilidades de performarem melhor caso o candidato e atual presidente Jair Bolsonaro vença as eleições. Mas, com Lula assumindo a presidência, os preços de ações que deverão se beneficiar com um ambiente mais favorável estão ligados aos setores de educação, algumas empresas de seguro de saúde e certas varejistas.
O mercado segue complicado e, recentemente, vimos um rally muito forte na Bolsa brasileira e não vinculado à situação norte-americana, onde as Bolsas estão muito próximas às lows.
O dólar no exterior se apresenta no maior nível dos últimos 40 anos contra todas as moedas, e o nosso câmbio está bem distante da máxima de R$5,70, aproximadamente 14% melhor do que as nossas moedas pares. O nosso real está muito bem apreciado.
O Pré-Janeiro 24 (o DI da curva futura de juros), daqui a três reuniões do COPOM, apresentará uma queda de 25 basis, embora já existam quedas de 50 basis colocando os juros em 10% para até o final de 2023. Esse é o preço de equilíbrio do pré, ou seja, quem está aplicando nesse preço acredita que mais tarde será ainda mais alto, mesmo em um mundo onde não há como saber como o fiscal se comportará ou quais serão os rumos do processo de desaceleração da economia americana e europeias e o processo de reaceleração da economia chinesa.
E, agora, as eleições presidenciais é um evento totalmente emocional, que mexe com os ânimos das pessoas, fazendo com que muitos assumam atitudes de ‘desmedidas’ no dia seguinte às eleições através de movimentos imediatos.
Por isso, a melhor posição é ficar zerado!
Em nosso principal produto aqui na casa (multimercado), sempre houve risco direcional e agora, finalmente, estamos tomando uma posição neutra (não-neutra em 100% caixa). A ideia é ter uma posição vendida em índice futuro e dólar futuro que, praticamente, pagasse um ganho de carrego duplo e de correlação inversa.
A nossa carteira é long short que, agora, está totalmente hedgeada e em direcional. Não temos riscos assumidos.
Simultaneamente, manter-se conservador ao máximo e ganhando um bom carrego ao manter essa posição, é uma estratégia que pode valer muito a pena, afinal, mudanças de cenários e de preços serão comuns, e caso haja distorções, realizaremos uma posição, pois estaremos prontos com um caixa para as oportunidades!
Mas, nesses preços atuais e com o risco de cenário, é escusado ir para a eleição posicionado.
Aguardo você na próxima edição!
Um grande abraço,
Rodrigo Natali.