Global Investor #36: Volatilidade Implícita

26 de janeiro de 2022
A mensagem é objetiva e curta: é preciso compreender porque a volatilidade implícita embutida nos contratos de opções associados à Petrobras PN está muito baixa em comparação a outros ativos no exterior.

 


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A tão aguardada rotação e o tão aguardo trade da convergência já está se materializando e, anteriormente, isso já foi muito discutido, em um sentido de ativos cíclicos e investimentos no Brasil (em outros países e em outros setores, como os petrolíferos).

Havia uma expectativa de que esses ativos performassem melhor em relação às aplicações das grandes empresas americanas e também aos famosos investimentos “growths” (de crescimento). 

Diversos ativos — não todos — possuem derivativos associados a eles que são negociados. É possível negociar contratos futuros e até opções com boa liquidez. 

Historicamente, o Brasil sempre teve uma tendência para monoprodutos.

E a importante mensagem é: dentro da pressão dos contratos de opções, especificamente, o principal impute é a volatilidade implícita!

É a expectativa de oscilação dos ativos bases, obviamente, outras variáveis existem, mas o tempo e o preço do ativo são algumas delas.

Naturalmente, o preço dos ativos é o mais importante.

E a taxa de juros se empenha em uma importância bem menor comparada a passagem do tempo e a instabilidade implícita.

Quando é precificado essa volatilidade, o modelo de precificação é inserido. Na verdade, a variável é inserida, seja baseada na história ou algo percebido como provável. 
E ao olhar para o mercado, analisar o preço da opção e verificar o modelo, a volatilidade implícita é não identificável.

Esse é o mecanismo para entender volatilidade implícita

O índice VIX, a expectativa de medir a oscilação do S&P, está por volta de 32 a 35% nos últimos dias. 

Isso faz referência aos mercados extremamente variáveis e em uma semana crucial, especificamente hoje, que o FED realizou um anúncio importante. 

A volatilidade implícita da Petrobras está por volta de 35 a 37%, um número baixo em termos relativos quando comparado à volatilidade implícita dos contratos de opções de Petróleo (os números estão cerca de 50%). Com ETF XOP — exploração e produção — chegam a 55%. 

Já as opções de volatilidade implícita associadas a Schlumberger, uma companhia que presta serviços a empresa de petróleo, chegaram a cerca de 44%. 

A Petro, que foi sempre um papel volátil, em um ano de eleições presidenciais, está apresentando uma variação de 37%. Será que as convergências são reais? Essa é uma possibilidade! 

E, olhando para um tempo longo, talvez, esse diferencial não seja sustentável. Porém, no curto prazo, esse cenário pode permanecer. 

Atente-se ao pensar em Petrobras, esse é viés incomum, a volatilidade está baixa!
 

Um grande abraço, 
Marink Martins.
 


Um abraço, 
Marink Martins.

Conheça o responsável por esta edição:

Marink Martins

Especialista em Opções e Mercados Globais

Formado em Finanças pela University of North Florida, em Jacksonville, Marink Martins é um dos maiores especialistas do Brasil em operações não direcionais, com especial foco em Opções e em volatilidade. Em seus mais de 20 anos no mercado financeiro, experimentou as euforias da Bolsa de Valores e sobreviveu às suas piores crises, tendo contato com as principais estratégias de investimento em Wall Street.

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