S&P em pré-estol
Por Ivan Sant'Anna
Para quem não sabe, pré-estol é um momento crítico da aviação. Acontece quando uma aeronave está prestes a perder a sustentação.
Todos os aviões, desde um pequeno Cessninha de treinamento até um sofisticado Boeing 787, o Dreamliner, têm seu limite de altitude.
Ao se aproximar desse, digamos, teto, os comandos começam a tremer, fenômeno conhecido como stick shaker.
Os diversos mercados também têm seu limite, embora não possam ser definidos com precisão, como é o caso das aeronaves.
Durante esta madrugada, as bolsas internacionais levaram um tombo, seguido por forte desvalorização do barril de petróleo.
Como os analistas precisam de um motivo para explicar a queda, o bode expiatório é um recrudescimento da pandemia de Covid-19, causado por uma nova variante do vírus originária da África do Sul.
Cascata!
As bolsas estão caindo porque chegaram ao pré-estol num momento em que quase todos os investidores estão no lucro, já que o mercado vem registrando máximas atrás de máximas há um bom tempo.
É bem provável, para não dizer “quase certo”, que o Ibovespa acompanhe o movimento.
Só não podemos nos esquecer que o índice tupiniquim já estolou há algum tempo. Isso aconteceu em junho deste ano, no nível de 130.000 pontos.
Voando em baixa altitude, não tem condições de perder a sustentação. Mas poderá oferecer excelentes oportunidades de compra, principalmente se entrar em voo rasante.