Desde que chegou ao Legislativo o projeto de Reforma Tributária, cada pessoa imediatamente pensou no seu caso específico.
“Isso não é problema meu”, apressou-se em dizer, por exemplo, o coronel aposentado da Polícia Militar do Rio de Janeiro. “Não me atinge”, completou.
Já o cirurgião-dentista está preocupado. Há alguns anos, passou a receber como pessoa jurídica e agora será tributado nos lucros dos quais era isento.
A alíquota proposta foi de 20%, a partir de R$ 240.000,00 anuais. Mas logo no primeiro dia admitiu-se no Congresso que poderá cair para 15%. E por que não 10%? Mas isso só será conhecido com o andar da carruagem.
O que importa para o caro amigo leitor e leitora é ir acompanhando a tramitação nas cuias do Legislativo.
Talvez você, que hoje recebe como pessoa jurídica, deva passar seus ganhos para a física.
Outra hipótese é a de continuar na jurídica, mas jogar para a empresa o máximo possível de gastos pessoais. Carro, colégio dos filhos, apartamento... essas coisas.
Já assisti esse tipo de mudança várias vezes.
Como escritor, por exemplo, comecei recebendo direitos autorais na física. Mas tarde criei uma empresa, a I. A. S. Silva Obras Literárias. Acabou se revelando mal negócio e o I Silva voltou a ser Ivan Sant’Anna de carne e osso.
Voltaremos ao assunto quantas vezes forem necessárias, quando as coisas começarem a tomar forma.
Abraços,
Ivan Sant'Anna
Contribuiu para esta edição: Antonyo Giannini, CNPI