Ômicron: doença ou vacina?
Por Ivan Sant'Anna
Meu filho mais velho mora em Portugal, onde o fuso horário, nesta época do ano, é três horas mais adiantado do que o do Brasil.
Geralmente quando acordo já encontro, no WhatsApp, uma mensagem dele. A de hoje exibia a manchete do jornal lisboeta Última Hora:
“Identificados 13 casos da variante ômicron (da Covid) em jogadores do Belenenses.”
Sempre dedico no mínimo uma hora para ler notícias, antes das reuniões de pauta virtuais da Inversa, que começam invariavelmente às 9 horas.
Hoje, por exemplo, o assunto principal dos sites dos jornais ainda é a cepa do coronavírus surgida na semana passada. Coisas como:
“A ômicron colocou o mundo todo em alerta na semana passada.”
“Tendo surgido no início do mês na África do Sul, já foi identificada em mais de uma dezena de países.”
Em meio a esses alarmes consigo detectar algumas notícias que poderão (eu escrevi “poderão”) ser auspiciosas. Entre elas, a mais animadora (ou menos desanimadora) é a seguinte:
“Relatos preliminares do serviço de saúde sul-africano apontam para sintomas leves da doença.”
Isso pode bem significar que a ômicron, embora pareça bem mais contagiosa, talvez seja muito menos letal.
Entre as centenas de notícias que li a respeito da nova cepa, nenhuma delas fala de internação (só de quarentena), muito menos de CTIs, intubações ou óbitos.
Quem sabe a ômicron chegou para servir de vacina aos povos ainda não vacinados, a tal imunidade de rebanho da qual tanto se falou no início?