Giro de resultados: Suzano, Santander, Ambev e muito mais

28 de julho de 2022
Estamos entrando em um ritmo acelerado de divulgação dos balanços do segundo trimestre de 2022. Descubra quem foi melhor até aqui.

Nesta semana, estamos entrando em um ritmo acelerado de divulgação dos balanços referentes ao segundo trimestre de 2022. Descubra quem foi melhor até aqui.

Suzano

A maior empresa de celulose do mundo, mais uma vez, veio com bons resultados: uma geração de caixa operacional (EBITDA) de R$ 5,1 bilhões, que representa um crescimento de 30% contra o primeiro trimestre de 2022. O custo de produção (custo caixa) da celulose ficou estável enquanto o preço de venda do seu principal produto, a celulose, continua elevado, negociado a US$ 860 por tonelada. Vale lembrar que os preços impactam os balanços com 45 dias de atraso, com isso, a Suzano tem contratado neste momento mais da metade do terceiro trimestre com preço de venda bastante atrativo para seus produtos no mercado internacional.

Klabin

A Klabin foi outra empresa de papel e celulose a apresentar fortes resultados com um crescimento de 24% na receita líquida e de 11% na geração de caixa operacional, ambos comparados ao mesmo trimestre do ano anterior. Os principais motivos do incremento da receita são referentes ao maior volume de vendas (a partir da entrada da operação da primeira etapa do projeto Puma II) e ao maior nível de preços de seus produtos. O lucro líquido da companhia no trimestre foi de R$ 972 milhões, valor 35% maior do que o apresentado no ano anterior.

Além disso, foi anunciada a distribuição de dividendos no valor de R$ 399 milhões, ou R$ 0,36/Unit (KLBN11), o que representa uma renda em dividendos próxima aos 2% no trimestre, algo em linha com o plano da companhia. A empresa segue crescendo, com novos planos de expansão e uma distribuição em dividendos que deve chegar próximo aos 8% nos próximos 12 meses.

 

 

Santander

O banco de controle espanhol divulgou lucro de R$ 4 bilhões com um ROE (Retorno Sobre Patrimônio) de 20,8%, em linha com o ano anterior. Destaque positivo para a inadimplência de 90 dias que seguiu estável em 2,9% num momento de maior dificuldade econômica. O índice de cobertura foi de 224% e melhorou 9% contra o primeiro trimestre de 2022. De forma geral, observamos como positivo o resultado do Santander que abriu a temporada de resultados para os bancos tradicionais.

Assaí

A varejista cresceu a sua receita líquida em 33%, atingindo R$ 13,3 bilhões. A geração de caixa operacional foi de R$ 978 milhões, um aumento de 29,9% na comparação com o 2T21. Já o lucro foi de R$ 319 milhões, representando um crescimento de 20,7% na comparação anual. Consideramos o resultado do Assaí positivo.

Pão de Açúcar

O resultado do Pão de Açúcar, mais uma vez, não conseguiu surpreender e, em nossa visão, foi neutro. Os destaques positivos foram os resultados do Grupo Êxito (operações majoritariamente alocadas na Colômbia) que teve crescimento da geração de caixa operacional de 25%. Já as operações no Brasil decepcionaram mais uma vez com uma geração de caixa operacional do GPA Brasil de -9% na comparação com o segundo trimestre de 2021. O endividamento líquido permaneceu estável em 1,9 vez a geração de caixa da companhia. De forma resumida, a empresa segue no seu calvário de resultados bons na Colômbia e ruins no Brasil, com valuation bastante descontado e muita desconfiança do mercado.

Ambev

O volume vendido pela Ambev cresceu 6,1% na comparação ano contra ano, a geração de caixa operacional foi de R$ 4,6 bilhões (aumento de 14%) e lucro líquido de R$ 2,9 bilhões, em linha com o ano anterior. No trimestre, a empresa também conseguiu subir os preços das cervejas em 11.2% na comparação anual. Os resultados nos agradaram, principalmente, por conta da capacidade da companhia em repassar preços enquanto cresce o volume de venda.

João Abdouni (CNPI).

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Conheça o responsável por esta edição:

João Abdouni

Analista CNPI

Graduado em Contabilidade e administração pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, João possui grande experiência em auditoria contábil, trabalhando por anos na Ernst & Young, famosa empresa inglesa de consultoria. Apaixonado pelo mercado financeiro, integra o time de especialistas em investimentos da Inv e está à frente das séries Premium Caps, Ações Alpha dentre outras.

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