Antes de mais nada, é importante salientar que o conceito de saudável aqui é comparativo. Comparativo com a situação do próprio Brasil em outras épocas, comparativo com outros países no momento atual.
Mas vamos aos dados, que responderão à pergunta do título:
- Em 2020, nosso déficit primário foi de R$ 703,0 bilhões, subindo para superávit de R$ 64,7 bi em 2021. No primeiro trimestre de 2022, o valor foi de R$ 109,6 bilhões, projetando R$ 198,40 para o final do ano, na hipótese de manutenção do ritmo.*
- Enquanto o ciclo de alta dos juros nos demais países está começando, o nosso está chegando ao fim. É grande a possibilidade de que o movimento do Copom esta semana seja o último. Ou seja, partimos na frente e vamos terminar na frente.
- A inflação, mesmo furando o teto da meta fixada pelo CMN, está cedendo. O IPCA de abril foi de 12,13%, caindo em maio para 11,73%. Essa queda poderá ser acelerada por cortes no ICMS, em tramitação nas Casas do Congresso.
- Numa época de escassez de commodities e matérias-primas em geral, o Brasil é produtor e exportador desses bens.
- Projetava-se para abril um aumento de 2,6% nas vendas no varejo. Elas vieram com uma alta de 4,5%.
Esses números surpreenderam o caro amigo leitor? Não se avexe. Surpreenderam a mim também.
Um forte abraço,
Ivan Sant’Anna
Nota do editor: Ivan Sant’Anna tem uma visão única sobre a economia e outros temas que podem influenciar o mercado financeiro. Clique aqui para receber conteúdos exclusivos de um dos maiores traders do Brasil no seu e-mail e saber como tomar as melhores decisões nos seus investimentos.