Olá,
Acabei de voltar de férias e fui direto para a quarentena. Sim, enquanto estava de folga na praia, o mundo desabou...
Acompanhei seis circuit breakers e o surto de coronavírus de longe, sem estar na linha de frente com a equipe da Inversa. E, quando voltei, toda a equipe já estava trabalhando de casa.
Esse distanciamento teve um ponto positivo. Ele me permitiu analisar os meus próprios investimentos e tirar algumas conclusões importantes sobre os fundamentos de se investir.
Abaixo o que tirei de lição para mim:
Tesouro Direto: devido à violência dos movimentos do mercado, os títulos do Tesouro chegaram a ficar fechados para negociação. Já tinha visto isso acontecer, mas desta vez a coisa foi mais complicada.
Inclusive o Tesouro Selic, que muita gente utiliza como reserva de emergência, ficou inacessível. Por causa das reclamações, esse título voltou a ser negociado sem restrições.
Se, por um lado, são os títulos do Tesouro que representam segurança, não conseguir mexer neles deve ter deixado muita gente de cabelo em pé. Prova mais uma vez de que é preciso diversificar, mesmo em investimentos mais seguros.
Não acertar a direção do mercado: assim como o gestor do lendário Fundo Verde, Luis Stuhlberger, comecei a liquidar caixa e comprar Bolsa quando o Ibovespa estava perto dos 100 mil pontos. No dia que comprei, eu me achei “foda”, achando que havia comprado o fundo...
Mal sabia eu que o Ibovespa iria cair ainda mais, chegando aos 60 mil pontos. Por isso, a minha decisão de não gastar todo o caixa de uma vez está se mostrando acertada. Não sei qual será o fundo do poço, mas vou esperar para descobrir com dinheiro para comprar...
Ouro e dólar: ter os dois ativos reforçou para mim a importância de se ter seguros, pois eles estão segurando a minha carteira, enquanto o resto cai. Quando as coisas ficam feias, todo mundo corre para a segurança.
Então, da mesma forma que temos seguros para carro e casa, os investimentos precisam também! E o ouro e o dólar parecem estar funcionando novamente nesta crise.
Reserva de emergência: eu sempre falo da importância de ter um dinheiro guardado para as emergências do cotidiano. E talvez esta seja a lição mais importante para mim dessa crise.
E com os possíveis desdobramentos econômicos dessa crise, que ninguém sabe a gravidade, eu me fiz a pergunta: quanto tempo eu conseguiria me manter se eu ficasse sem trabalho hoje?
A resposta me deixou bastante confortável, pois posso segurar muitos meses e sem precisar mexer nos meus investimentos. A verdade é que os boletos vão sempre chegar, não importa o que aconteça...
Quando fiz a pergunta a amigos, senti o desespero de alguns. Casa, carros, celulares financiados. Um monte de dívidas feitas e, agora, a incerteza.
Por isso, para mim, ter uma reserva de emergência é o pilar mais importante ao investir. Se você é conservador como eu, pense em meses ou até anos. Em momentos de crise, você consegue pensar mais friamente.
A questão é que para ter esse benefício, hoje, você teria que ter se preparado antes. Como Noé, que se preparou antes do dilúvio, não durante a chuva. Fica a lição para a próxima crise.
Essas foram as lições mais importantes que aprendi nesse crash histórico [até agora]. O momento é único e tenho certeza que você também sairá mais sábio depois que essa loucura passar.
Para te ajudar a atravessar esse momento, vou dar duas dicas:
1- A melhor coisa agora é acompanhar os podcasts gratuitos dos nossos especialistas. Todo o time de especialistas da Inversa está gravando diariamente conteúdos para te ajudar a navegar com segurança neste momento. Clique aqui e escute gratuitamente.
2- E se você quiser indicações diretas de como investir agora, sugiro que siga quem sabe o que fazer, pois tem experiência de décadas no mercado. Falo do Pedro Cerize, o gestor de um fundo multimilionário, que está ajudando os leitores em sua série A Carta. Se você quer saber o que ele está sugerindo agora, leia aqui.
E se você tem dúvidas sobre investimentos, mande para mim por este link. Espero responder em breve.
Um abraço,
André Zara
