Investigador Financeiro #53 - Quem está ao seu lado?

30 de março de 2019
Meu mentor pode ser o seu mentor

Olá.

Nesta semana, tivemos fortes emoções em Bolsa. Ela desceu forte e subiu de olho nos movimentos dos políticos e na reforma da Previdência.

A cada declaração ou rumor era uma corrida: vende tudo ou compra mais!

Mas quem investe sabe que o mercado funciona assim mesmo. Neste ano, o que movimenta a Bolsa são as reformas. No ano passado, foram as eleições. No ano que vem será outra coisa...

E isso é bom. Porque se não houvesse conflito, não haveria possibilidade de altas e de ganhos. No entanto, em momentos como esse, muita gente se desespera e não sabe o que fazer. Por isso é importante ter alguém ao seu lado. Um conselheiro, um mentor a quem possa recorrer.

Eu e a equipe da Inversa temos o privilégio de contar com Ivan Sant’Anna como nosso mentor. Em momentos de dúvida, a experiência conta! Especialmente os seus 60 anos na linha de frente do mercado, operando ou escrevendo sobre o assunto.

É impressionante como nada o surpreende, pois ele já viu uma situação parecida acontecer e sabe como agir. Isso é realmente tranquilizador para nós.

Agora, você também pode ter o Ivan ao seu lado, para que ele seja o seu conselheiro de investimentos. Ele aceitou acompanhar um pequeno grupo de pessoas ao longo de um ano e passar a eles todos os seus ensinamentos.

É uma oportunidade única (e limitada), por isso, recomendo que você aproveite. Afinal, não é todo dia que você tem a chance de contar com uma lenda para ajudar a sua vida financeira. Clique aqui e confira os detalhes.

 

“Boa tarde: tenho uns R$ 35 mil para investir, mas precisarei dele em novembro, que me aconselha?” – Jidelson M.

Jidelson, obrigado pela questão. Ela vai nos ajudar a falar de um assunto bem interessante, que é o investimento de curto prazo.

Para casos assim, você precisa levar em conta se os ativos são líquidos, qual o risco e ficar de olho na tributação. Para mostrar como isso funciona, vamos fazer uma simulação, usando o caso do Jidelson.

Contado a partir de ontem, sexta-feira, dia 29, até o dia 3 de novembro, são 219 dias. Qual seria a melhor opção?

Como ele vai precisar do dinheiro em novembro, melhor não fazer aplicações que tenham prazo delimitado, como um CDB ou alguns Títulos do Tesouro prefixados. Sabe por quê?

Digamos que você não está atento a isso e só está focado no rendimento. Então, coloca o seu dinheiro em um CDB que tem vencimento de 1 ano, para março de 2020. Mas precisa fazer o resgate antecipado...

Ao fazer isso você será penalizado. Afinal, não está cumprindo o seu acordo de emprestar o dinheiro até o prazo. Por isso, o banco deverá pedir um prêmio para recomprar o ativo, que sempre será desvantajoso para o investidor.

Você poderia investir em ações ou ETF para buscar um rendimento melhor? Sim, poderia porque eles são líquidos: três dias depois da liquidação você recebe o dinheiro na conta da corretora. No entanto, você estaria exposto à renda variável, que varia. Ou seja, estará tomando mais risco...

Para quem não quer risco nenhum, melhor mesmo é um fundo DI ou Tesouro Selic. Lembrando que a tributação sobre os lucros para esses ativos de renda fixa costuma funcionar assim:

Até 180 dias: 22,50%

De 181 a 360 dias: 20%

De 361 a 720 dias: 17,5%

Acima de 720 dias: 15%

Usando o exemplo do Jidelson, a tributação será de 20% sobre os lucros, pois vão se passar 219 dias. Em termos de rendimento, não haverá nenhum milagre, pois os ativos são conservadores.

E continue mandando suas dúvidas de investimento. É só as enviar por aqui.

Um abraço, 

André Zara.

Conheça o responsável por esta edição:

Andre Zara

Especialista em Investimentos para Leigos

André Zara é autor da newsletter “Investigador Financeiro” e sócio da Inversa. Participa das publicações Investidor Completo e Crypto Evolution e, em sua carreira, já colaborou com publicações da Folha de São Paulo, d’O Estado de São Paulo, da editora Abril e do Sebrae-SP. É investidor, empreendedor, entusiasta do mercado de criptomoedas e de projetos de disseminação da cultura de investimentos no Brasil.

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