Olá.
Na semana passada, eu contei a história da minha mãe e seus investimentos. Para os que me mandaram e-mail, atualizo que já estamos resolvendo a situação.
Como revelei, ela está aposentada e precisa seguir uma estratégia conservadora para a sua idade e situação.
Eu, por outro lado, tenho pensando bastante em renda variável e em me expor mais ao risco. Ainda sou jovem e posso me dar ao luxo de suportar os contratempos. E, hoje, principalmente com a expectativa de que a Selic possa cair mais ainda, não vejo muitas alternativas.
Eu, particularmente, sou fã da renda fixa — adoro emprestar dinheiro a juros.
Mas não importa o que eu gosto, o que quero é ganhar dinheiro. Eu estou planejando me aposentar com 50 anos, em 2035. Mas, para conseguir, preciso investir consistentemente, fazer boas escolhas e ter um pouquinho de sorte. Esse é o jogo.
Pelas regras do INSS, preciso ter 65 anos para me aposentar. Mas, sinceramente, eu nem conto com a Previdência nos meus planos. Não quero só poder sossegar com essa idade e não conseguir aproveitar a vida. Então, eu tomei o assunto em minhas mãos, para fazer justiça a mim mesmo. Não dá para contar com o governo.
Afinal, o teto de pagamento da aposentadoria do INSS é de 5.645,80 reais por mês. Então, você pode contribuir a vida inteira por um salário muito alto, ser descontado pela alíquota máxima e ainda assim, no final, receber só pelo teto. Tenho certeza que você conhece alguém nessa situação.
Eu digo que é injusto. E seria mais injusto se eu deixasse isso acontecer comigo, sem fazer nada.
Para me livrar desse destino, preciso usar a matemática e descobrir como posso me aposentar com 50 anos, ainda em plena atividade, pronto para experimentar o sentimento de ser realmente livre.
Como já falei aqui, o José Castro, responsável pelas séries Infinity e Trading Journal, me ajudou a fazer as contas. Se eu tivesse 1 milhão de reais, considerando as atuais taxas de juros e um investimento conservador (Tesouro Selic), hoje conseguiria gerar uma renda mensal de cerca de 5.000 reais - não muito diferente do pagamento do INSS.
No entanto, nesta conta não estou incluindo os descontos dos impostos e a inflação, o que comeria mais um pouco de meus rendimentos.
Estamos falando de 15 por cento de IR (se você ficar acima de 24 meses com o título Selic, que dou de exemplo) e mais 2,95 por cento de inflação, como no ano passado. Se juntar esses fatores com o custo de vida de São Paulo, por exemplo, a conta fica ainda mais difícil de fechar.
Por isso, eu preciso incluir na minha estratégia uma forma de obter ganhos mais agressivos para aumentar a minha pilha de dinheiro e, assim, gerar mais renda.
E, pelo menos hoje, só vou conseguir fazer isso com a renda variável, comprando ações de empresas com grande potencial de valorização. Se o mercado vai para cima ou para baixo, eu não sei. Cada um tem uma teoria, mas só eu posso tomar a decisão por mim. E eu digo que vale a pena arriscar para atingir meu objetivo.
Eu converso muito com os especialistas da Inversa e respeito muito a opinião deles sobre o mercado. Aprendi com os fundamentalistas, como o Ivan Sant’Anna, sobre economia, inflação, etc. Já com o José, aprendi a ler os gráficos e as suas tendências.
Cada um tem as suas técnicas e fundamentos. Eu sempre imaginei que seria legal juntar os dois. Mas os puristas não gostam, dizem que não se deve misturar, que cada coisa é uma coisa.
Para mim, “a coisa” é ganhar dinheiro.
Por ora, estou pensando em 2035… E você?
Escreva para mim contando a sua opinião ou com perguntas sobre investimento no investigador@inversapub.com.
Um abraço,
André Zara