Ideias do Paletta #23 - A temperatura baixou e esfriou a partida!

Diminuição da volatilidade torna bolsa mais morna: para reforçar o elenco, esteja atento a boas ações descontadas

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Nota do editor: nos próximos minutos, Felipe Paletta mostra para você como uma bolsa mais morna apresenta oportunidades. Para garantir seu futuro, invista agora na tecnologia que vai revolucionar o mundo.

Olá leitor(a)!

Quem me conhece pessoalmente sabe que sou uma pessoa extremamente tranquila.

Para me tirar do sério é preciso muito esforço. Muito mesmo.

Agora, confesso que não tem nada no mundo que me irrite mais do que um juiz de futebol esfriando a partida.

Sabe aquela pausa para hidratação quando um time emplaca duas bolas na trave ou aqueles faltas picotadas a cada trombada no meio do campo?

Fazem isso, claro, para não se complicar no jogo.

É sempre mais cômodo abaixar a temperatura e deixar o jogo naquele “chove não molha”, levando a probabilidade de gols e jogadas polêmicas para próximo de zero.

Na Bolsa de Valores essa temperatura tem um nome: volatilidade.
 

Jogo morno

Talvez você tenha ouvido falar que a volatilidade foi às alturas e bateu recordes ao longo dos meses de março e abril deste ano.

Como reflexo de toda incerteza que cercou o mundo neste evento pandêmico sem paralelos, o preço das ações passou a oscilar mais de 10% ao dia com alguma facilidade. 

Assim como no futebol, quando a temperatura no campo aumenta, maiores as suas chances de fazer ou tomar um gol.

Quem soube se aproveitar da volatilidade em alta e partiu para cima do adversário, conseguiu extrair ótimos retornos, sem dúvida. 

Sabendo, por outro lado, do risco de um contra-ataque.

Em relação ao momento atual do mercado, minha percepção é que chegamos naquela parte chata do jogo.

É como se aquela correria dos primeiros minutos do jogo tivesse passado e os dois lados voltam a se estudar com calma, trocando bola entre a linha de zagueiros.

Veja, na representação a seguir, que desde março a volatilidade do índice Ibovespa, o principal índice de ações do Brasil, não fez outra coisa senão cair:

Observe que a volatilidade média anualizada das ações nos últimos 100 pregões caiu agressivamente nas últimas semanas – ainda que mantendo-se acima do histórico dos últimos 10 anos (de aproximadamente 24% ao ano).

Olhando para um espaço mais curto de tempo, o movimento é ainda mais nítido, com a volatilidade dos últimos 10 pregões em 20% ao ano – abaixo da média dos últimos 10 anos.

Isso equivale dizer que após sofrer com as fortes quedas desde fevereiro e praticamente recuperar as perdas de 2020 nos últimos meses, os investidores percebem essa queda de temperatura e aproveitam para colocar essa forte alta recente no bolso (realizando lucro).

Esse movimento técnico de curto prazo atrapalha, obviamente, o movimento de ajuste de precificação em setores que foram demasiadamente punidos pela crise, como o setor de bancos (me refiro aos grandes bancos), que ainda acumulam mais de 30% de queda no ano.

É mais ou menos como dizer que aquela recuperação ensaiada dos bancos entre junho e julho foi interrompida por diversas faltas picotadas no meio-campo – votação do teto de juros no Senado, resultados trimestrais ainda pressionados pela crise e por aí vai.

O que quero dizer é que acredito que estamos diante de uma boa oportunidade de reforçar o portfólio de ações com bons ativos, ainda bastante descontados.

Isso NÃO significa, necessariamente, aumentar sua exposição em Bolsa. Sugiro que carregue apenas uma parcela que esteja disposto a assumir riscos.

Com eleições norte-americanas no radar e diante do risco de aumento dos índices de inflação acima do esperado pelos bancos centrais em todo mundo, acredito que a volatilidade encontre dificuldade para ceder o patamar em que estamos.

E lembre-se: o mercado está longe de ser uma partida de mata-mata – a não ser, claro, que esteja alavancado. 

Está muito mais para um campeonato de pontos corridos.

Por isso, o importante é somar pontos. 

Você não precisa jogar bonito sempre e acertar todas as tacadas de curto prazo.

Ao investir em ações, você precisa entender que perder fora de casa é normal. Até hoje, nunca vimos um campeão brasileiro invicto no sistema de pontos corridos. 

Simplesmente porque é impossível não perder nenhuma das 38 rodadas.

A grande sacada é aprender quando atacar, assumindo o risco de maneira inteligente, para garantir que o goleiro não vai ficar vendido se o adversário roubar a bola. 

E isso, dificilmente você vai ouvir da boca do seu influencer favorito. Nas redes sociais, diante da supervalorização das imagens, as perdas parecem não existir.

Se tem uma coisa que eu aprendi com as lições do meu colega Ivan Sant’Anna é que as pessoas têm muito mais a aprender com os erros do que os acertos. De estratégias vendedoras, a internet está saturada.

Por isso, quero te deixar um convite. Se você quer aprender como eu concilio minha estratégia de investimento em ações entre horizontes de curto e longo prazo, te convido a assistir a uma série especial de três vídeos gratuitos. Para se inscrever gratuitamente, basta clicar aqui.

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Um abraço e até a próxima!

Felipe Paletta

Conheça o responsável por esta edição:

Felipe Paletta

Analista de Ações e Fundos de Investimento

Graduado em Ciências Econômicas pela FAAP e com Master in Financial Economics pela FGV-EESP, Paletta acumulou experiência atuando em corretoras de valores e casas de análise independente. Responsável pela estratégia de Dividendos da Inversa, assina quinzenalmente a newsletter "Ideias do Paletta".

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