Caro leitor,
Quando começamos a operar de verdade, nos damos conta do que ainda não sabemos e colocamos à prova o que julgamos já saber. Você se lembra da terceira pergunta, que apresentei nas duas newsletters anteriores: o que achamos que sabemos, mas não sabemos?
É importante ter um acompanhamento das decisões que tomamos, não só porque precisamos relacionar elas na hora de pagar os impostos, mas também, e esse é o ponto principal aqui, para aprender tanto com os erros quanto com os acertos dessas decisões.
Por exemplo: “Comprei 200 ações ‘XPTO’ e agora tem 400 na minha conta, o que aconteceu?”. “Ah, foi feito um split, deixa eu procurar saber o que é um split e como me afeta.”
“Comprei ações da ‘YPTO’ e hoje seu valor caiu sem razão!”. “Ah, ficou ex-dividendos e o preço foi ajustado, deixa eu ler um pouco mais sobre essa questão de ex-dividendos…”.
Ou talvez: “Fui vender 99 ações da ‘WPTO’ e não consegui colocar a ordem…”. “Ah, é uma quantidade fracionada e precisaria ter colocado a ordem como XPTOF, deixa eu ler um pouco mais sobre essa divisão de mercado inteiro e fracionado…”.
E por aí vai. A prática te confronta com a teoria. Se você não começa a investir na prática, buscando apenas a segurança das simulações – onde o emocional não é testado –, perde a oportunidade de aperfeiçoar a parte técnica.
Uma alternativa é começar por fundos de investimento, dado que eles oferecem uma boa combinação de exposição a esse universo com a expertise de quem está fazendo a gestão do fundo. Pode, inclusive, ser uma maneira de diversificar seu risco e aprender com essa experiência enquanto dá seus primeiros passos por conta própria. Talvez descubra até que os fundos são o caminho mais indicado para você.
O ponto é, em qualquer situação, questione sempre: Por que não deu certo?; Por que ele está sugerindo isso?; Será mesmo?
Hoje em dia, a informação é amplamente disponível. Não só as informações, mas também as opiniões, as dicas e as recomendações. É muito fácil encontrar uma dica e implementá-la. Porém, se você não entendeu o que fundamenta aquela informação, ela não irá se incorporar ao seu repertório de ferramentas.
Cada informação, conceito, dica ou sugestão que lhe desperte a atenção é uma oportunidade de incorporá-la à sua jornada. Não deixe que seja apenas um ganho imediato, mas sim mais um bloco na construção de sua base.
Lembra da história de aprender a pescar e não se contentar com o peixe ganho? Pois é, frase de avó, mas que ainda vale…
André Barros (Money Maker)