Inimigos do Investidor #4 - O caminho se faz caminhando

1 de novembro de 2019
É muito mais válido aprender enquanto faz do que ficar na teoria. Simuladores ajudam, mas, lembre-se, eles são limitados pois não colocam suas emoções em jogo.

Caro leitor,

Você se lembra das três perguntas da semana passada? As questões fundamentais em sua preparação no combate contra o seu maior inimigo nos investimentos: você mesmo.

Nem parou para pensar nelas? Ok, trago as três abrindo nossa conversa de hoje: O que já sabemos?; O que ainda não sabemos?; O que achamos que sabemos, mas estamos errados?

A terceira é mais complicada, mas conseguimos responder ela questionando as próprias respostas das duas anteriores. Essas perguntas devem nos ajudar a montar uma lista de prioridades a respeito do que precisamos fazer, indo atrás, na sequência, das informações necessárias para reduzir os erros.

Apenas reduzir, bom lembrar desde o início porque ter essa perspectiva vai ajudar você a lidar com as frustrações que virão. Rapidamente, você vai perceber que a trajetória de aprendizado é sem fim, o que deve ser um motivador e não um limitador.

O lado bom é que a bagagem técnica, que se busca nessa jornada, é menos complexa do que pode parecer num primeiro momento. Alcançada a bagagem mínima, o fator comportamental passa a ter um peso muito mais relevante.

Warren Buffett, referência recorrente quando se trata de investimentos bem-sucedidos, já disse que você não precisa ser um cientista de foguetes, já que investir não é um jogo em que a pessoa com um Q.I. de 160 ganha da pessoa com Q.I. de 130.

Você provavelmente já sabe que o mercado acionário oferece a oportunidade de ganhos expressivos, porém com riscos associados. Se ainda não entrou nesse mercado, talvez tenha sido pelo receio em relação a esses riscos. E, caso tenha abandonado, pode ter sido por não ter conseguido resistir a um desses momentos em que a perda relacionada ao risco se materializou.

Talvez o seu primeiro passo seja refletir sobre esses riscos. O livro “Os axiomas de Zurique”, de Max Gunter, pode ajudar. É praticamente impossível proteger a parte técnica do peso comportamental.

Mas talvez esse ponto não seja um problema para você, que pode estar mais preocupado neste momento em aprender a operacionalizar. Algo bem básico mesmo, tipo como abrir sua conta em uma corretora, como utilizar o homebroker, colocar ordens e coisas do tipo.

A boa notícia é que essa parte é fácil, já que, aqui mesmo na Inversa ou em sites de corretoras ou vídeos no youtube, sobra material de apoio e tutoriais a respeito de como proceder nesses casos. Reserve tempo para isso.

Comece pequeno. É muito mais válido aprender enquanto faz do que ficar na teoria. Simuladores ajudam, mas, lembre-se, eles são limitados pois não colocam suas emoções em jogo. Não dói e sempre se pode começar de novo sem consequências. Assim é importante que se comece de verdade.

Começar pequeno e limitado te expõe ao operacional, aos ganhos e as perdas, mas não te tira do jogo. Aliás essa é a regra número um dos investimentos: antes de ganhar você precisa garantir que estará no jogo amanhã.

Por hoje, é isso. Na semana que vem, volto para ajudar você a responder as três perguntinhas citadas no início desta newsletter, cuja reflexão é essencial na jornada de qualquer investidor.

Seja paciente porque as respostas virão se você dedicar algum tempo para pensar a respeito de suas escolhas financeiras.

André Barros (Money Maker)

Conheça o responsável por esta edição:

André Barros, o "Money Maker"

Especialista em Ações e Small Caps

O Money Maker é um investidor comum que desenvolveu sua própria estratégia de investimentos para reduzir riscos e ter uma melhor performance na Bolsa. Dono de um track record invejável, ele compartilha com seus seguidores suas avaliações sobre as melhores ações para comprar ou vender a cada semana.

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