Inimigos do Investidor #20 - Por que a bolsa sobe ou desce?

22 de julho de 2020
Se não conseguimos antever a movimentação dos mercados, devemos sempre ter a guarda cautelosa: para surfar altas, não abandone o barco.

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Nota do editor: nos próximos minutos, André Barros vai contar para você como os mercados se movem e quais fatores influenciam altas e baixas. Aproveito para lembrá-lo que o método revolucionário e ao mesmo tempo simples de ganhar com ações do André Barros está disponível aqui.

Olá!

Aqui é o André Barros, o Money Maker.

Na conversa dessa semana, queria falar sobre um tema interessante: o que realmente move os mercados? Fatos ou expectativas?

Neste momento, vemos a bolsa já superado os 100 mil pontos e se aproximando dos 110 mil. Nos EUA, a gente olha para o Nasdaq e vê rompimentos de recordes históricos, assim como no S&P.

O que nos perguntamos é: o quanto ali existe de realidade e o quanto tem de expectativa? A verdade é que uma combinação dos dois, e muito dificilmente você vai conseguir diferenciar um do outro. 

Neste momento, temos uma dose de expectativa turbinada por sinais de que uma recuperação em V pode estar acontecendo. 

Também vemos sinais positivos de que, se por um lado a epidemia segue em alta, também se mostra – de uma certa forma – em níveis controláveis, que permitem uma reabertura ou pelo menos atuações focadas. Vemos também um excesso de liquidez. 

Neste sentido, a combinação de expectativas e fatos é o que realmente move os mercados. Inclusive, existe um ditado muito famoso: “a bolsa sobe no boato e cai no fato”.

De uma certa maneira, isso acontece porque o mercado se antecipa, buscando embutir aos preços de hoje o que projeta, o que está imaginando para o futuro.

E hoje, o que a gente vê é um grande otimismo nos mercados. 

 

Antecipando os fatos

O que nós sempre temos que tomar cuidado é: se por um lado, é quase impossível distinguir expectativa de realidade, ou antecipar o que o mercado vai entregar de fato no futuro, se corresponderá às expectativas.

Por outro lado, o que nos cabe é adotar posturas que nos dispensem de duas alternativas: ou ter que adivinhar o futuro ou ficar comprando expectativas de forma exagerada.

É bastante difícil porque, aqui, cabe uma dose do famoso FOMO (Fear Of Missing Out). Como você vai em um momento de euforia manter caixa – por exemplo – enquanto todos estão batendo recordes de rentabilidade e de ganhos?   

Contudo, esta disciplina precisa ser desenvolvida. Então, aqui fica minha mensagem: mesmo nos momentos de alta euforia, nos quais as expectativas estão demasiadamente positivas, não podemos deixar a segurança e a gestão de risco de lado.

Devemos adotar uma maneira mais cautelosa de também surfar esta alta, porém tendo ciência do componente “expectativa”

Este componente é indefinido por natureza, possui difícil quantificação e, quando materializa-se de fato, pode ocorrer uma surpresa, caso o mercado já tenha precificado tal “expectativa”.

Lembrando da máxima, o mercado sobe no boato, na expectativa. Quando vem o fato, já está precificado e, o que acontece, é que boa parte dos investidores começam a realizar ganhos que foram antecipados.


Expectativas irreais, ganhos (ou prejuízos) reais

Em suma, a mensagem de hoje é muito simples: fiquem sempre atentos. Isso vale tanto para os momentos de alta, como o de agora, como para os de baixa.

Mais do que a atenção contínua, a principal conclusão é que não existem somente fatos concretos no preço.

Uma boa parte do que está ali na tela (e nas valorizações ou quedas da bolsa) é explicada por expectativas.

Quanto mais infladas elas tiverem para o negativo ou para o positivo, maiores podem ser as chances de surpresa na direção contrária culminarem em realizações do mercado.

A única coisa que podemos fazer é: não baixar a guarda na nossa cautela, nem tampouco abandonar o barco.

Se voltarmos em março deste ano, foi um erro muito grande aqueles que optaram pelo pânico e preferiram sair do mercado, abandonaram as posições.

Ali, era um carrego de expectativas negativas muito elevado. O que aconteceu foi: quem saiu antes da hora, ficou com o prejuízo como único fato real da sua carteira. 

Vamos juntos?

André Barros, o Money Maker

Conheça o responsável por esta edição:

André Barros, o "Money Maker"

Especialista em Ações e Small Caps

O Money Maker é um investidor comum que desenvolveu sua própria estratégia de investimentos para reduzir riscos e ter uma melhor performance na Bolsa. Dono de um track record invejável, ele compartilha com seus seguidores suas avaliações sobre as melhores ações para comprar ou vender a cada semana.

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