No início deste mês de junho, o empresário brasileiro Abilio Diniz entrevistou o também homem de negócios Jorge Paulo Lemann para o programa Olhares Brasileiros, da CNN.
Entre dezenas de outros assuntos, a certa altura Diniz perguntou a Lemann:
“Na revista Forbes você está colocado como o homem mais rico do Brasil e um dos mais ricos do mundo. Como é que isso pega para você?
Jorge Paulo não precisou pensar para responder:
“Em primeiro lugar, estar na lista de gente rica é coisa de jornalista para vender mais revista e jornal. Eu não acho que elas sejam muito precisas. Eu conheço três brasileiros que são muito mais ricos do que eu e nem constam da lista. Eu acho que a lista tem outra falha. A lista mede a quantidade de ativos que você tem, mas ninguém mede a quantidade de dívidas que você tem.”
É fácil para a imprensa listar pessoas que têm seu patrimônio em ações negociadas em Bolsa. Basta multiplicar o número de ações pela cotação do momento e, bingo, aí está a fortuna do cara.
Embora eu não faça a menor ideia de quem sejam os três bilionários brasileiros citados (sem dizer os nomes) por Lemann, dá para se especular sobre os hábitos que essas pessoas têm ao longo da vida para chegar ao topo da pirâmide dos ricaços.
O principal deles é abrir e segurar um negócio por muito tempo, nunca vendendo.
Nos Estados Unidos, embora os nomes que estão sempre nessas listas sejam Bill Gates, Jeff Bezos, Warren Buffett e Mark Zuckerberg (ou seja, empresários), é bem possível que próximo deles estejam proprietários de imóveis, urbanos e rurais (real estate), principalmente terras a perder de vista, cujo valor às vezes nem eles sabem com exatidão.
O mesmo pode acontecer no Brasil, com o pessoal do agronegócio. Estes, por sinal, têm por hábito esconder suas fortunas, inclusive porque algumas de suas propriedades estão lançadas pelo valor histórico.
Se alguém souber quem são esses três magnatas citados por Jorge Paulo Lemann, favor escrever para a redação. Vai matar a curiosidade dos leitores assim como a nossa.
Um forte abraço,
Ivan Sant’Anna.
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