Relatório Inversa
Por João Gabriel Abdouni
Contribuiu para esta edição: Antonyo Giannini, CNPI
De maio para cá, as ações da M. Dias Branco já subiram 25%. E, pelas nossas projeções, devem ter uma nova alta de pelo menos 76%.
Qual é a mágica? A mágica é que não há mágica.
Primeiro, vamos entender o que é a empresa.
A M. Dias Branco é líder nacional na fabricação de massas e biscoitos. É dona da Piraquê e Adria.
Desde 2018, a empresa teve uma redução nas margens. Motivo 1: o aumento dos custos de matérias-primas como trigo, açúcar e óleo de palma. Motivo 2: desvalorização do real frente ao dólar.
Agora a história é outra.
Desde o segundo trimestre deste ano, o dólar caiu de R$ 5,80 para os atuais R$ 4,93. O preço do trigo, por sua vez, também vem caindo.
Soma-se a isso o fato de a empresa ser eficiente na gestão de custos. Tanto que, mesmo enfrentando cenários desfavoráveis, ela não apresentou nenhum prejuízo trimestral nos últimos 10 anos.
Se a pressão com a alta dos custos ceder, os resultados vão melhorar no próximo trimestre. Isso até já foi sinalizado pela área de relação com investidores da companhia.
Desta forma, a margem bruta (diferença entre receita e custo) que hoje é de 30% pode atingir o patamar histórico de 41%.
E o lucro acumulado em 12 meses saltaria dos atuais R$ 642 milhões para R$ 2,5 bilhões.
Algo parecido aconteceu entre 2013 e 2016, quando as ações da empresa foram corrigidas em 45%. Logo depois disso, os papeis subiram 200%, entre fevereiro de 2016 a março de 2018.
Há um detalhe: a empresa tem benefícios fiscais que podem acabar.
Para o acionista
Com este cenário, nós, analistas da Inversa, acreditamos que a M. Dias Branco está melhorando operacionalmente. Portanto, começa agora o início do movimento de alta de suas ações.
O acionista que optar por comprar os papeis da empresa terá em sua carteira uma companhia sólida, com baixo nível de endividamento e que consegue ser rentável mesmo nos momentos mais difíceis do ciclo econômico.