E o mundo não acabou

7 de outubro de 2021
Por longas 7 horas, o mundo perdeu acesso às plataformas do Instagram, Messenger, Whatsapp e Facebook e várias pessoas ficaram com a pulga atrás da orelha: e se não voltarem mais?

E o mundo não acabou

Por José Inácio Pilar

 

No início desta semana, por longas 7 horas, o mundo perdeu acesso às plataformas do Instagram, Messenger, Whatsapp e Facebook, todas sob a asa deste último. Muitos negócios sofreram prejuízos, muitas pessoas tiveram que buscar alternativas para se comunicar, outras ficaram sem bisbilhotar a vida alheia, mas várias ficaram com a pulga atrás da orelha: e se não voltarem mais?

Mas elas voltaram. E mesmo que demore, sempre vão voltar. Com exceção de filmes e seriados de TV, não há bug ou hacker no mundo que consiga tirar redes tão complexas de comunicação do ar por toda a eternidade. Mas esse medo e até a orfandade divididas por tantos por essas horas nos trouxe a constatação até óbvia, mas nem sempre vocalizada, de que hoje dependemos da internet para quase tudo.

Bilhões de empregos, hoje, dependem da tecnologia para se manter e será cada vez mais assim, seja com os sistemas de navegação de carros autônomos à blogueiros e influencers, passando por e-commerce, educação e medicina à distância.
 


As Blue Chips, ações mais valiosas da bolsa, hoje são lideradas por empresas diretamente ligadas à tecnologia, como Apple, Amazon, Microsoft, Alphabet (Google) e... Facebook. Poucas décadas atrás, tínhamos nomes “da velha economia”, como as petroleiras Exxon, Mobil, Texaco, as empresas de cigarro e da indústria automotiva GM e Ford. Mas o jogo de forças sempre muda.

A vida com a alta tecnologia só se aprofunda, mas como tudo nesse mundo, ela também tem suas vulnerabilidades, uma delas é justamente sua crescente complexidade. Quando dá pau, balança, cai, mas uma hora ou outra, se levanta, como vimos.

Que as empresas de tecnologia sejam bem reguladas, se tornem mais seguras e mais voltadas ao bem estar da humanidade (taí um conceito aberto), mas não pense que elas irão se enfraquecer ou se desvalorizar muito por causa de instabilidades pontuais. Empresas de tecnologia só morrerão pelas mãos de outras empresas tecnologias ainda mais disruptivas, que aí também terão sua vez entre as Blue Chips.

José Inácio Pilar

 

Conheça o responsável por esta edição:

José Inácio Pilar

Editor Sênior e Apresentador Especialista

Apresentador, ator e advogado, tem mais de 15 anos de experiência à frente das câmeras, palcos e público. Também tem experiência em Storytelling, improviso, stand-up comedy e desde 2014 atua no setor corporativo e no de mentoria de executivos.

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