Confira o resultado do seu banco: Itaú, Bradesco, Santander e BTG

9 de agosto de 2022
Itaú, Bradesco, Santander e BTG Pactual divulgaram seus resultados. Descubra quem foi melhor.

Os grandes bancos privados já divulgaram seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2022. Neste Relatório Especial, iremos falar de Itaú, Bradesco, Santander e BTG Pactual. Descubra quem foi melhor.

Itaú Unibanco (ITUB4)

O maior banco da América Latina apresentou um lucro de R$7,7 bilhões, um crescimento de 17% em comparação ao mesmo período do ano anterior, com um retorno sobre patrimônio (ROE) de 20,8%, número bastante elevado.

Já o índice de cobertura (reserva para devedores duvidosos), fechou o trimestre 14% abaixo do primeiro trimestre de 2022. Caso ele mantivesse o mesmo nível de provisão, o lucro normalizado seria de R$4,4 bilhões. No entanto, o banco liderado pela família Setubal conta com um excesso de provisão superior ao que é exigido pelo Banco Central, em 34%, o que consideramos bastante conservador.

O patrimônio do banco cresceu R$6,7 bilhões, atingindo o total de R$160,7 bilhões, o maior aumento na comparação com os grandes bancos privados.

De forma geral, observamos o resultado como o melhor entre os bancos tradicionais.

Santander (SANB11)

O banco de controle espanhol reportou um lucro de R$4 bilhões em linha com o mesmo período do ano anterior, apresentando um retorno sobre patrimônio de (ROE) 20,8%.

No qualitativo, o Santander acabou surpreendendo com um índice de cobertura melhor na comparação com o trimestre anterior ao atingir 224%, um crescimento da reserva para perda em 9% na comparação com o trimestre anterior e que foi de 215%.

No entanto, a melhora do número veio pois o banco renegociou 31,7 bilhões de reais com clientes com risco de inadimplência, melhorando assim o nível de inadimplência dos seus clientes.

A provisão complementar ficou 10% acima do regulatório exigido pelo Banco Central no fechamento trimestral, 3,3% abaixo do último resultado apresentado. Dessa forma, se mantido o nível de provisão adicional, o lucro normalizado do Santander seria de R$3 bilhões.

O patrimônio do banco cresceu R$1,1 bilhão, chegando ao total de 80 bilhões de reais. Esse aumento não foi em linha com o lucro da instituição por conta da marcação mercado da carteira de títulos públicos que deve apresentar um desempenho melhor no terceiro trimestre com a queda do juros longo que estamos vendo no Brasil.   

Bradesco (BBDC3)

O resultado do Bradesco reportou um lucro de R$7,1 bilhões, expansão de 11% na comparação com o mesmo período de 2021. O ROE foi de 18,1%.

Já o índice de cobertura para devedores duvidosos fechou o segundo trimestre de 2022 em 218%, uma queda de 27% na comparação com o trimestre anterior, que foi de 235%. Caso a instituição financeira tivesse mantido o mesmo índice de cobertura, o lucro do segundo trimestre de 2022 teria sido de R$3,2 bilhões. Já a provisão complementar do Bradesco está 18% acima do que o Banco Central exige.

O patrimônio do banco cresceu R$1,6 bilhão atingindo o total de R$154 bilhões e, assim como o Santander, o aumento não foi em linha com o lucro da instituição por conta da marcação mercado da carteira de títulos públicos. Seguindo o mesmo racional acima, essa carteira deve apresentar um desempenho melhor no terceiro trimestre com a queda dos juros longos que estamos vendo no Brasil.   

BTG Pactual (BPAC11)

Nesta manhã (9), o maior banco de investimentos da América Latina divulgou o resultado do segundo trimestre de 2022 com um lucro de R$2,2 bilhões, elevação de 27% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Já o ROE foi de 21,6%.

Ele manteve um alto nível lucratividade, em linha com o primeiro trimestre de 2022, com um crescimento de 20% das receitas que atingiram R$4 bilhões. Isso foi puxado pelos segmentos ligados aos juros, que são as partes patrimoniais do banco alocados em dívida pública e que, logo, foram beneficiados pela elevação das taxas de juros. Outra área que teve um aumento importante foi o setor de crédito, que é majoritariamente dedicado às grandes empresas.

O patrimônio líquido totalizou R$41,4 bilhões no período, crescimento anual de 18%. Por fim, o índice de cobertura foi de 228%, muito acima dos 166% reportados no 1T21.

Observamos como positivo o resultado do BTG.

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João Abdouni, CNPI.

Conheça o responsável por esta edição:

João Abdouni

Analista CNPI

Graduado em Contabilidade e administração pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, João possui grande experiência em auditoria contábil, trabalhando por anos na Ernst & Young, famosa empresa inglesa de consultoria. Apaixonado pelo mercado financeiro, integra o time de especialistas em investimentos da Inv e está à frente das séries Premium Caps, Ações Alpha dentre outras.

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