Cesta & Fundos #2 - As vantagens do fundo de investimento

24 de maio de 2019
Na segunda edição da Cesta & Fundos, Luiz Cesta elenca o que você tem a ganhar ao entrar num fundo de investimento

Sunday Notes

Caro leitor,

Seja muito bem-vindo à segunda edição da newsletter Cesta & Fundos. Para quem já teve a oportunidade de ler a primeira edição, a sigla “FI” já não deve mais parecer indecifrável, remetendo quase que instintivamente a “Fundo de Investimentos”.

Apenas para refrescar a memória e contextualizar àqueles que me acompanham a partir de agora, eu me recordo de ter assemelhado um FI a um condomínio, onde existem as figuras dos proprietários (cotistas) e do síndico (gestor).

Continuando, a principal razão para a existência do condomínio é se comportar como moradia de várias famílias que rateiam custos por diversos serviços.

Por exemplo, as famílias de um condomínio dividem diversos serviços como segurança, lazer e jardinagem, no que chamamos muitas vezes de despesas da área comum.

Dentro desse contexto de rateio, entramos aqui no que podemos chamar de principais “vantagens” que os FIs oferecem ao pequeno poupador, em comparação com outras maneiras de se investir. Vamos a elas:

Vantagem 1: Diversificação

Como veremos mais adiante em nossos próximos encontros, os FIs podem conter diversos tipos de aplicações financeiras, quais sejam títulos de renda fixa, ações, derivativos, entre outras.

“Mas Cesta, eu também não poderia investir diretamente nesses produtos financeiros?”, você pode estar se perguntando a essa altura.

Sim, sem dúvida poderia, mas a complexidade operacional de organizar esses diversos investimentos passa a ser do gestor do fundo, e não sua.

Além do mais, alguns produtos financeiros só são acessíveis a partir de um investimento inicial muito alto, inalcançável à maior parte dos investidores Pessoa Física, como eu e você.

Voltando à nossa comparação com o condomínio, imagino que, assim como é para mim, dificilmente você conseguiria sozinho(a) aportar o suficiente para construir uma piscina, quadra, academia e churrasqueira no quintal de casa.

Vantagem 2: Diluição de Custos

Como algumas aplicações financeiras mais sofisticadas possuem um custo alto para o pequeno poupador, o investimento via FI concede o famoso “poder de barganha”. Ao juntar o dinheiro de diversos investidores, o fundo consegue adquirir produtos financeiros por um custo menor do que se adquirido individualmente.

Aqui eu cito o exemplo da taxa de corretagem sobre operações de compra/venda de ações, que é quase sempre menor para quem opera grandes volumes.

Vantagem 3: Gestão Profissional

Por último e talvez a mais importante das vantagens, em minha opinião, é a maneira como o seu dinheiro é aplicada e dividida em diversos investimentos que aqui chamaremos de “portfólio”.

Da mesma maneira que o síndico é responsável por representar os moradores em um condomínio, o gestor é responsável pela maneira como o dinheiro do cotista é aplicada. Aqui, fica praticamente óbvia a importância da análise do gestor de qualquer FI.

Afinal de contas, eu duvido que você deixaria seu dinheiro suado ser aplicado por qualquer um, não é mesmo?

Bom, por hoje é só. Fique ligado na próxima edição, pois falaremos do outro lado da moeda: quais seriam as desvantagens dos fundos de investimentos?

Até lá!

Luiz Cesta (@luizcesta)

Conheça o responsável por esta edição:

Luiz Cesta

Especialista em Ações e Fundos de Investimento

Duas vezes premiado como melhor analista de ações do Brasil, em 2006 e 2009, Luiz Cesta é engenheiro eletricista formado pela Poli/USP (2002). Passou por grandes bancos e corretoras de valores ao longo dos últimos 15 anos e acumulou experiência nas mais diversas áreas do setor, como análise de crédito, mesa de operações, atendimento corporate e, principalmente, análise de ações, sua verdadeira paixão.

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