SUZB3: 10 Bilhões produzindo oxigênio

12 de agosto de 2021
A Suzano é líder do mercado brasileiro em ESG e a maior produtora de oxigênio do mundo. Após a divulgação de seus resultados do 2T21, nosso time de análise estima que a empresa tem potencial de valorização de 85%.

SUZB3: 10 Bilhões produzindo oxigênio 

Por João Abdouni, Antonyo Giannini CNPI, Nícolas Merola CNPI

 

 

A Suzano é líder do mercado brasileiro em ESG (sigla em inglês para Meio Ambiente, Social e a Governança) e a maior produtora de oxigênio do mundo.

A empresa é responsável por um terço da produção mundial de celulose, além de ter o menor custo de produção em termos globais.

Gera R$20 bilhões de caixa por ano e, segundo nosso time de análise, tem um preço justo de R$104,00, ou seja, comparado a valores atuais, um potencial de valorização de 85%.

 

Breve histórico

 

Suzano é uma empresa de base florestal com mais de 90 anos de atuação e o maior player de produção de celulose do mundo.

Este é um negócio que se encaixa nas chamadas teses seculares, uma vez que a celulose é um produto verde, de fácil decomposição e, mudando um pouco o ponto de vista para outro segmento, vem pegando carona com o crescimento do e-commerce; mas sempre mantendo o comprometimento com a responsabilidade socioambiental.

Atualmente, a empresa produz 10 milhões de toneladas de celulose por ano.

 

Barreiras de entrada

 

O negócio tem barreiras de entrada que são quase intransponíveis. Isso em decorrência das florestas que estão em seu imobilizado, um ativo muito raro de ser encontrado ao redor do pelo mundo e uma grande vantagem brasileira.

Suzano é a produtora de celulose mais competitiva do mundo. Junto com a Vale, é a empresa que mais capta dinheiro para investir mais barato no Brasil.

 

Geração de valor

 

Considerando que a produção de uma tonelada de celulose custa em torno de 250 dólares para Suzano, e o preço vendido da tonelada varia entre 400 dólares e 1.000 dólares, consideramos, no nosso modelo, um preço médio de 650 dólares.

Sendo assim, a empresa consegue gerar um caixa de 400 dólares por tonelada, com uma capacidade atual de produção de 10 milhões de toneladas anualmente; gera, em média, um caixa de 4 bilhões de dólares – cerca de 20 bilhões de reais, aproximadamente.

 

Resultado do trimestre

 

O resultado geral da companhia veio em linha com nossas expectativas.

A parte operacional veio sólida, mas sem grandes surpresas: apresentou um volume de vendas de 2,8 mil toneladas.

Já o resultado financeiro veio acima das expectativas do mercado, com um lucro líquido registrado de 10 bilhões reais, influenciado pela geração de caixa operacional e pelo impacto positivo da variação cambial no resultado financeiro.

Apesar disso tudo, o ponto focal da companhia, neste momento, é o processo de desalavancagem, que continua a ser feito de forma acelerada. Ou seja, o endividamento, que era de 4,7 vezes a geração de caixa em dólares no segundo trimestre do ano passado (2020), já caiu para 3,3 vezes.

Além disso a companhia vem conseguindo investir em novos projetos.

 

Valor justo

 

Em um cenário conservador, dadas as taxas de juros atuais para empresas dolarizadas, consideramos um retorno requerido para se investir em Suzano seja de 10%.

Como a empresa gera R$ 20 bilhões de caixa ao ano, seu valor justo seria de R$ 200 bilhões. Descontando os R$ 57,5 bilhões de dívida liquida, chegamos a um valor de mercado de R$ 142,5 bilhões.

Atualmente, SUZB3 negocia a R$ 77,2 bilhões, o que nos dá um potencial de valorização de 85%, ou R$104,52 por ação.

 

O futuro é logo ali....

 

Além disso, a empresa está expandindo suas operações com a construção de uma nova planta chamada Cerrado, um investimento de R$ 14,7 bilhões. O novo projeto, que aumenta a capacidade da companhia em aproximadamente 22%, deve entrar em produção em 2024. Dito isso, a Suzano deve gerar caixa suficiente para se desendividar nos próximos cinco anos.

Nesse cenário e considerando a desalavancagem, a companhia tem potencial de atingir um lucro líquido de pelo menos R$12 bilhões anualmente.
E poderá optar por distribuir proventos - depois do pagamento de seus investimentos - de 15% ao ano.

Como o negócio é muito bom, os controladores preferem reinvestir o caixa gerado no próprio negócio, assim, o processo de crescimento da companhia continua e a tendência é gerar retornos ainda maiores por meio da valorização de suas ações ao longo do tempo.

 

Para o acionista

 

O investidor que optar por se tornar acionista de SUZB3 terá em sua carteira uma empresa sólida, líder setorial, com barreiras naturais de entrada e uma forte geração de caixa.

Uma ação com grande espaço para valorização e crescimento ao longo do tempo, se beneficiando e sempre em linha com as tendências globais de vida sustentável.

 

 

Converse ao vivo com Marcelo Bacci, CFO da Suzano

 

Já não é segredo que gostamos muito do papel e que o potencial de SUZB3 é enorme.

Listamos aqui os principais pontos dos resultados do segundo trimestre de 2021 da companhia e porque você pode ter bons resultados ao investir em suas ações.

Mas vamos além.

No dia 17 de agosto de 2021, terça-feira, às 19h (horário de Brasília), faremos uma live exclusiva com o CFO da Suzano Papel e Celulose, Marcelo Bacci.

A live será gratuita e transmitida na nova plataforma de streaming da Inversa, a inv, e contará com a participação de Pedro Cerize e Rodrigo Natali.

Para assistir e participar ao vivo, basta se inscrever neste link ou clicar na imagem abaixo.

Não perca a oportunidade de conhecer os bastidores da maior empresa de oxigênio do mundo!

 

Conheça o responsável por esta edição:

Nícolas Merola

Ações e Fundos de Investimento

Formado em Engenharia Civil pela UVA (Universidade Veiga de Almeida - RJ) em 2017 e com MBA pelo IBEC/INPG em 2018. Nícolas começou a estudar sobre investimentos ainda no início de sua faculdade, quando se apaixonou pelo assunto. Depois de atuar por mais de três anos no mercado de renda variável, de forma autônoma, se juntou em 2019 ao time de especialistas da Inv.

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Antonyo Giannini

Analista CNPI

Antonyo Giannini é analista CNPI formado em Ciências Econômicas e Administração de Empresas pelo Insper, com passagem pela Universitat Autònoma de Barcelona, na Espanha. Atualmente é responsável pelas carteiras Premium Caps, Ações Alpha e Renda Passiva Semanal, onde segue uma estratégia de renda com derivativos utilizando linguagem de programação avançada. Após anos estudando o mercado financeiro, se juntou em 2020 ao time de especialistas da Inversa Publicações.

Conheça o responsável por esta edição:

João Abdouni

Analista CNPI

Graduado em Contabilidade e administração pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, João possui grande experiência em auditoria contábil, trabalhando por anos na Ernst & Young, famosa empresa inglesa de consultoria. Apaixonado pelo mercado financeiro, integra o time de especialistas em investimentos da Inv e está à frente das séries Premium Caps, Ações Alpha dentre outras.

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Analista de Valores Mobiliários responsável (Resolução CVM n.º 20/2021): Nícolas Merola - CNPI Nº: EM-2240