Semana decisiva

2 de maio de 2022
Nesta semana, no cenário macroeconômico, teremos reuniões dos bancos centrais norte-americano e brasileiro anunciando medidas para conter a inflação. Além disso, no micro, importantes companhias divulgam seus resultados.

Nesta semana, teremos diversas divulgações de dados importantes tanto macro quanto microeconômicos, aqui e lá fora. Vamos listar primeiro os macroeconômicos, com um breve comentário, e depois a agenda de divulgação de resultados de algumas empresas brasileiras que consideramos serem as de maior relevância.

Nos Estados Unidos, teremos na quarta-feira (4), a reunião do FOMC, o comitê de política monetária do Fed, quando serão anunciados os novos passos no aperto monetário para combater a inflação. 

Nos preços dos mercados futuros, vemos uma precificação que traz 50% de chance de alta de 50 basis points (bps) e 50% de 75 bps e talvez seja anunciado o programa de contração do balanço do Fed. Acreditamos que, dado o forte movimento de queda nas bolsas na semana passada, mais a tendência natural de Powell ser sempre mais dovish, achamos que é mais provável que o FOMC venha com 50 bps de alta. 

Nesse caso, o mercado reagiria bem, pelo menos num primeiro momento. E, mesmo que isso seja negativo no final, o mercado norte-americano está tão condicionado a reagir positivamente com juros menores que poderemos ter um rally de curto prazo. 

Além disso, na sexta-feira (6), teremos o dado de emprego americano, normalmente considerado o mais importante do mês. Acreditamos que atualmente os números de inflação estejam tendo mais peso, dado que o pleno emprego já é conhecido e que essa situação não deva mudar. 

A reunião do Banco Central Europeu será na segunda-feira que vem, antes de o mercado abrir, às 8h45 (de Brasília). No encontro, é esperado que o time liderado por Christine Lagarde interrompa a compra de ativos para estimular a economia, mas deixe a alta de juros apenas para a próxima reunião, mesmo com a inflação europeia rodando até mesmo acima da americana devido aos efeitos colaterais do conflito entre Ucrânia e Rússia. 

Aqui no Brasil, na quarta-feira (4), teremos a reunião do Copom. É amplamente esperado e já foi indicado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que deveremos ter uma alta de 100 bps, colocando a taxa Selic em 12.75%. Acreditamos que essa não deve ser a última alta, dado o comportamento recente da inflação. 

Com isso, é bem provável que tenhamos, pelo menos, mais uma alta de 50 bps na outra reunião, o que colocaria a taxa em 13.25% ao ano. Apesar desse cenário, isso está amplamente precificado no mercado futuro de juros e, se acontecer mesmo, podemos ter uma pressão baixista no dólar e na bolsa.

 

Agenda de resultados

Segunda (2/5): Localiza

Terça (3/5): Klabin, Cielo, Marfrig, XP e Raia Drogasil.

Quarta (4/5): BRF, Grupo Pão de Açúcar, Suzano, Oi e CSN.

Quinta (5/5): Ambev, Gerdau, Bradesco, Engie, Renner e Petrobras.

Sexta (6/5): Porto Seguro e Sabesp.

 

Rodrigo Natali, estrategista-chefe, João Abdouni e Nícolas Merola, analistas CNPI

Nota dos editores: A economia global tem sérios desafios a vencer. A busca por “pleno emprego” e contenção da inflação nos EUA; a invasão da Ucrânia pela Rússia, que afeta os mercados globais de energia; medidas para conter um novo avanço da Covid-19, na China… As turbulências no mercado externo contribuíram para a Bolsa brasileira fechar abril com a maior queda mensal desde o início da pandemia. Tudo isso pode afugentar os investidores — principalmente se você não tem uma direção clara a seguir. Sócio da Inv, Pedro Cerize é um dos gestores mais bem-sucedidos do Brasil e suas ideias servem de “inspiração” para todos os perfis de investidores. Na série 1+100 Reloaded, você terá o privilégio de acessar a mente do homem que previu os últimos “ciclos de valorização” da Bolsa, para poder buscar lucros consistentes em meio a um cenário desafiador. Clique aqui para conhecer.

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Nícolas Merola

Ações e Fundos de Investimento

Formado em Engenharia Civil pela UVA (Universidade Veiga de Almeida - RJ) em 2017 e com MBA pelo IBEC/INPG em 2018. Nícolas começou a estudar sobre investimentos ainda no início de sua faculdade, quando se apaixonou pelo assunto. Depois de atuar por mais de três anos no mercado de renda variável, de forma autônoma, se juntou em 2019 ao time de especialistas da Inv.

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Rodrigo Natali

Estrategista-Chefe

Rodrigo Natali tem graduação e MBA pela FGV. É especialista em câmbio e macroeconomia, tem 25 anos de experiência no mercado financeiro, tendo passado por diversas instituições nacionais e internacionais onde exerceu a profissão de trader e gestor de fundos de investimento multimercado.

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João Abdouni

Analista CNPI

Graduado em Contabilidade e administração pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, João possui grande experiência em auditoria contábil, trabalhando por anos na Ernst & Young, famosa empresa inglesa de consultoria. Apaixonado pelo mercado financeiro, integra o time de especialistas em investimentos da Inv e está à frente das séries Premium Caps, Ações Alpha dentre outras.

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