Caro(a) leitor(a),
Para quem não está totalmente familiarizado com as siglas, FOMC (Federal Open Market Committee ou, traduzindo, Comitê Federal de Mercado Aberto) é o colegiado do Banco da Reserva americano (FED) que define a taxa básica de juros no país.
Equivale ao COPOM (Comitê de Política Monetária) do Banco Central do Brasil.
Durante a pandemia de Covid (que, por sinal, não terminou de todo), o FOMC manteve uma política de taxa de juro zero (entre 0,00% e 0,25%), além de um programa de compras de títulos do Tesouro e privados, para inundar o mercado de dinheiro.
Inundou.
Inundou tanto que os Estados Unidos estão agora vivendo um processo de inflação ascendente e praticamente pleno emprego: 3,6% de unemployment.
Até algumas semanas atrás, o mercado estava convicto de que o FOMC faria seis ou sete aumentos de 0,25% na basic rate este ano. Nos últimos dias, as previsões para os juros mudaram. Muitos analistas estão prevendo altas de 0,5 por cento.
Em mercado, nunca se pode ter certeza do quê provoca o quê, mas as recentes quedas dos índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq mostram que os players estão se tornando bearish.
É importante ficar atento ao que acontecerá nas bolsas americanas nos próximos dias e também acompanhar as declarações dos dirigentes do FED.
Se esse bear raid se materializar, dificilmente a B3 deixará de seguir seus passos, assim com o real poderá interromper seu processo de valorização que o trouxe de acima de R$ 5,74 no final do ano passado para as proximidades de R$ 4,50 há poucos dias.
A conferir.
Ivan Sant'Anna
Nota do editor: Ivan Sant’Anna é um dos operadores mais experientes do mercado financeiro, foi trader por 37 anos, sendo autor de obras como Rapina, Caixa Preta e Os Mercadores da Noite. Na Inv publica artigos e Relatórios Especiais, além de assinar a série Warm Up PRO. Nela, você tem acesso a histórias de bastidores do mercado e sugestões de investimentos. Para conhecer, clique aqui.