Caro(a) leitor(a),
Hoje pela manhã, antes da abertura dos mercados, o IBGE divulgou o IPCA de fevereiro. O aumento foi de 1,01% e veio acima do esperado pelos analistas (0,95%).
No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação foi de 10,5%.
A última vez em que esse número mensal foi superado aconteceu em fevereiro de 2015. Naquela ocasião, durante o governo Dilma Rousseff, o IPCA foi de 1,22%.
Só que a alta de preços era exclusividade brasileira (e de alguns poucos países sem expressão) e foi causada pelo represamento, em 2014, de tarifas públicas e do reajuste dos combustíveis, visando a reeleição de Dilma, o que acabou acontecendo.
Agora não. O fenômeno é mundial.
Nos últimos 12 meses, o USCPI (Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos) foi de 7,8%.
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Na Alemanha, 5,1%.
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Espanha: 7,4%.
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Grã-Bretanha: 7,2%.
Por outro lado, a inflação de dois dígitos de madame Rousseff convivia com 0,7% (dado anual, bem entendido) nos Estados Unidos, 0,5% na Alemanha e na Espanha e minúsculos 0,04% na Grã-Bretanha.
Portanto, desta vez a inflação não é só nossa. E, sendo mundial, não haveria como escaparmos.
Isso só aconteceu na década de 1970, por ocasião do Primeiro Choque do Petróleo.
Há inclusive um lado bom nesta história. A alta de preços acontece principalmente por causa do bull market quase que generalizado das commodities e elas são um dos grandes trunfos da economia brasileira.
Um forte abraço,
Ivan Sant'Anna
Nota do editor: Ivan Sant'Anna também escreve, com exclusividade, todas as segundas, terças e quintas-feiras para a coluna Warm Up PRO que você pode assinar clicando aqui!