Faltam apenas quatro dias para a realização do segundo turno das eleições presidenciais.
No momento, os institutos de pesquisas de opinião pública apontam Lula vencedor, com uma frente de mais ou menos cinco pontos sobre Bolsonaro.
É bom lembrar que essas mesmas instituições, por ocasião da primeira rodada, davam 10% de vantagem para o petista. E o resultado final foi de cinco por cento.
Ora, se dez viraram cinco, pode-se supor que cinco se transformem em zero.
E é aí que mora o perigo.
Se Bolsonaro vencer Lula por uma margem mínima (sejamos terroristas, 50,1% contra 49,9%), o petista vai ficar arrasado mas não protestará. Afinal de contas, durante esses últimos meses ele sempre defendeu a lisura do processo eleitoral.
Agora vamos supor que Lula seja o vencedor, digamos, com o placar de 51 a 49.
Nessa hipótese, Bolsonaro vai pôr a boca no mundo, dirá que foi roubado, que as urnas são manipuláveis e outras acusações do gênero. E seus milhões de adeptos vão acreditar.
Protestos poderão se tornar violentos.
Felizmente, a Polícia Federal (ou a maior parte dos seus integrantes) anda Pê da vida com o Planalto (por causa do episódio de Levy Gasparian) e os oficiais superiores das Forças Armadas têm se limitado às suas atividades nos quartéis, navios e aviões.
Ainda existe um cenário pior: como agora o TSE exibe os números da apuração à medida em que vão surgindo, se Bolsonaro liderar durante a maior parte do tempo e, aos 45 minutos do segundo tempo, Lula virar o jogo, dezenas de milhões de pessoas vão dizer que houve roubo.
Nesse caso… olha, nem vou me estender muito sobre essa hipótese. Mas que ela existe, existe.
Ivan Sant’Anna.
Nota do editor: faça parte da lista de contatos na qual Ivan envia textos exclusivos três vezes por semana. Para isso, assine a Warm Up PRO e entre para este seleto grupo.