No dia de ontem (7), o BTG Pactual, o maior banco de investimentos da América Latina, divulgou a revisão dos preços-alvo para uma série de ações da bolsa brasileira, sendo elas atreladas ao varejo e aos recentes IPOs. Descubra neste Relatório Especial quais são as empresas.
Com a elevação da taxa de juros que ocorreu nos últimos 12 meses no Brasil, empresas de comércio eletrônico e companhias tidas como de tecnologia vêm sofrendo com uma severa desvalorização de suas ações e algumas dessas quedas são superiores a 90%.
O principal motivo apontado pelo BTG foi a elevação do custo de capital, afinal, como sabemos, a taxa de juros no Brasil saltou de 2% para 13%. Outros fatores apresentados são: atual cenário macroeconômico, queima de caixa por parte das companhias, aumento no custo de aquisição de clientes e readequação do modelo de negócios.
As empresas
Lojas Americanas (AMER3)
A varejista, que tem como um dos maiores acionistas o megainvestidor Jorge Paulo Lemann, teve o preço-alvo da ação revisado de R$ 45 para R$ 27. A principal razão foi a elevação do custo de capital.
Via (VIIA3)
A Via, que é mais conhecida dos brasileiros por ser a controladora das Casas Bahia e do Ponto Frio, foi outra que teve seu preço-alvo revisado para baixo saindo de R$ 8 indo para R$ 4. Incertezas com relação às operações da empresa foram indicadas como a principal razão dessa redução.
Relembre o que falamos, em novembro, a respeito da situação da Via: acesse conteúdo gratuito.
Enjoei (ENJU3)
Como o próprio nome sugere, o Enjoei é voltado para o comércio online de produtos usados. O BTG ressaltou que as principais razões para a redução do preço-alvo desse e-commerce foram a elevação do custo de aquisição dos clientes (CAC), o cenário competitivo mais desafiador e, como nas demais companhias, a elevação do custo de capital. Dessa forma, o preço-alvo da empresa caiu de R$ 7 para R$ 2.
GetNinjas (NINJ3)
A GetNinjas é uma plataforma que busca conectar prestadores de serviços (como encanadores) a potenciais clientes. Na nova análise do BTG, teve seu alvo de R$ 4 diante do cenário macroeconômico que se deteriorou por conta da inflação e elevação das taxas de juros, elevando o custo do capital e prejudicando o valor justo da companhia.
Magazine Luiza (MGLU3)
Talvez a mais famosa varejista brasileira também entrou na lista de revisões. A empresa liderada por Luiza Trajano passou de uma avaliação de R$ 16 para R$ 7, sendo a elevação do custo de capital o fator mais relevante para redução do seu preço-justo.
Os motivos apresentados pela equipe do BTG, em minha análise, realmente fazem sentido e os fatores acima colocados já estão afetando os resultados dessas companhias. Se você ficou com curiosidade para saber se alguma dessas empresas são, neste momento, uma boa oportunidade de investimento, nós acreditamos que apenas uma delas está em um momento interessante para compra. Com um grande potencial de valorização, se você tiver interesse em saber de qual empresa estou falando, conheça o Ações Alpha clicando neste link.
João Abdouni (CNPI).