A China larga na frente, de novo
Por Rodrigo Natali
No final do mês de outubro, falamos num outro relatório (leia clicando aqui) sobre as vantagens que as empresas exportadoras brasileiras tinham no curto prazo: estávamos diretamente ligados a uma economia que controla tudo, menos aquilo que nós vendemos.
Comentamos também que as coisas melhorariam bastante para nós caso o governo chinês começasse a reacelerar a economia, algo que apenas eles, hoje em dia, poderiam fazer, dado que foram os primeiros a fazer o contrário.
Desde então o MATB11 já subiu 15%.
Ontem, no relatório do Ivan Sant’Anna (leia clicando aqui), destacamos que alguns sinais já apontavam na direção do começo de um período de estímulos monetários, como o corte de compulsórios bancários na madrugada de domingo, o RRR, a segunda medida nesse sentido desde maio.
Hoje acordamos com mais duas notícias nesse sentido. Primeiro, o governo cortou as taxas de empréstimos para empresas pequenas e propriedades rurais em 0,25%, com efeito imediato, cortando os juros de 3, 6 e 12 meses para 1,7%, 1,9% e 2% ao ano, respectivamente.
Em segundo lugar, o Politburo, que chegou a dar a entender durante o período de desaceleração que poderia até deixar empresas quebrarem, mudou radicalmente de discurso, afirmando que estabilidade e crescimento serão as principais prioridades, às vésperas da reunião estratégica do partido no começo do ano que vem.
Além disso, o primeiro-ministro Li Keqiang afirmou que tem diversas ferramentas para estimular a economia, adicionando que a recente mudança de postura pode ser mais firme do que parece.
Os mercados no globo reagiram bem às notícias, mas, acreditando que seja apenas o começo. E, de novo, nenhum país está tão bem posicionado para se beneficiar desse movimento como o Brasil.
Nosso parceiro acordou.