Investigador Financeiro #42 - Quanto você precisa para começar a investir?

12 de janeiro de 2019
Seu primeiro passo


Olá.

Hoje quero responder diretamente a uma das dúvidas mais frequentes que recebo: com quanto posso começar a investir?

É tão recorrente que vou dedicar toda a newsletter para tratar do assunto.

Essa dúvida é comum em quem não consegue economizar muita grana no final do mês, mas, ainda assim, sabe da importância de iniciar a jornada para a independência financeira.

E eu quero garantir que é possível começar com pouco. O importante é ser disciplinado para economizar e investir todos os meses.

Lembro a você que o primeiro passo é ter o seu colchão de emergência, que é o valor de suas despesas mensais por seis meses. Essa é a sua segurança contra despesas extras cotidianas que o libertará para investir com maiores retornos.

Então, sem mais delongas, de quanto dinheiro é preciso?

Levando em conta a formação do seu colchão de emergência, os especialistas da Inversa sugerem usar os ativos Tesouro Selic ou um Fundo DI com baixa taxa de administração.

No Tesouro Selic, o investimento mínimo é de R$ 98,88. Para um Fundo DI como o BTG Pactual Digital Tesouro Selic FI Renda Fixa Simples, a aplicação inicial é de R$ 500.

No entanto, quero alertar para um custo que afeta diretamente os pequenos valores: para investir, você precisará fazer uma TED do seu banco para a corretora. Eu pesquisei na Internet e as transferências estão saindo, em média, por volta dos R$ 17.

O que quero deixar claro é que não vale gastar R$ 17 todos os meses para fazer uma transferência de R$ 98,88 – você teria de ter retornos muito altos para compensar a transferência.

Confira aqui a simulação com Tesouro Selic:

Soma das aplicações em 12 meses: R$ 1.186,56

Ganhos com juros: R$ 41,08

Total: R$ 1.228,24

Gastos com 12 TEDs: R$ 204

Final: R$ 1.024,24 

Ou seja, as transferências comeram os seus lucros. Fizemos uma simulação aqui e chegamos a um valor de R$ 800 para compensar fazer a TED.

E isso deixa você com três opções:

  • Acumular o valor na Poupança (dói dizer isso porque ela apresenta os piores retornos de todas as aplicações);
  • Abrir conta na corretora do seu banco (se for utilizar o Tesouro Selic como o colchão), pois algumas instituições não cobram taxas nas transferências internas;
  • Abrir uma conta digital. O Banco Next, por exemplo, oferece uma TED por mês sem cobrar taxas.

Para a segunda opção você deve ficar ligado em duas coisas importantes: se o seu banco zerou as taxas de custódia para o Tesouro Direto (um movimento recente das grandes instituições) e se realmente não cobra pelo envio do seu dinheiro da conta corrente para a conta na corretora.

E se você ainda não tem muito dinheiro economizado, calma! Nada de desistir. O ponto da newsletter de hoje é ajudar você a começar da melhor forma possível. E quando não se tem muito, cada centavo conta!

Comece economizando o dinheiro e depois faça o primeiro investimento. Faça isso de novo. E de novo, todos os meses. Esse é um jogo de longa duração que compensa.

Quando menos você esperar já terá seu colchão de emergência formado. Depois estará pronto para retornos maiores na renda fixa e variável!

Lembre-se de que só existem dois tipos de pessoas no mundo: as que entendem como os juros funcionam e, por isso, ganham. E as que não entendem e sempre pagam. Quem você quer ser?

Se você tem dúvidas, envie para mim por este link.

Um abraço,

André Zara.

Conheça o responsável por esta edição:

Andre Zara

Especialista em Investimentos para Leigos

André Zara é autor da newsletter “Investigador Financeiro” e sócio da Inversa. Participa das publicações Investidor Completo e Crypto Evolution e, em sua carreira, já colaborou com publicações da Folha de São Paulo, d’O Estado de São Paulo, da editora Abril e do Sebrae-SP. É investidor, empreendedor, entusiasta do mercado de criptomoedas e de projetos de disseminação da cultura de investimentos no Brasil.

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