Investigador Financeiro #102 - Como começar a investir em ações e criptomoedas?

23 de abril de 2020
Aprenda, de uma vez por todas, como começar a aplicar em renda variável e moedas digitais de forma segura e rentável.

Olá.
  
Antes de tudo, quero agradecer a você pelos e-mails que recebi sobre a newsletter da semana passada. Se você não leu, eu falei sobre como começar uma carteira de investimentos do zero.
  
Apesar de ser bem básica, senti que muita gente aproveitou para aprender e reforçar conceitos. Afinal, como eu sempre digo, começar a investir é bem simples. Você só precisa entender alguns conceitos e ter a vontade de aprender. 
  
Como já cobrimos o básico, vamos avançar um pouco, para falar de ativos mais complexos e com maior possibilidade de ganhos. Se você me acompanha, sabe que os investimentos de renda fixa estão com rendimento bem baixos e, em alguns casos, até negativos.
  
Sim, dando prejuízo quando levamos em conta a inflação que, todos os anos, rouba um pouco das nossas reservas. Por isso, quem se preocupa com o futuro, tem que considerar investir em ações para poder ter ganhos de patrimônio e dividendos.

Além disso, existe algo que ainda engatinha, mas que, a cada dia, vem se solidificando no mundo dos investimentos: as criptomoedas. Por isso, leia abaixo como você pode considerar estes ativos para a sua construção de riqueza.

"Quero começar a investir em bitcoin e ações, como eu faço pra começar? Qual a sua orientação e avaliação desses dois produtos na minha visão de investimento. Desde já muito obrigado pela atenção" – Rogério.
  
Muito obrigado pela pergunta, Rogério. Ela vai nos ajudar a avançar na discussão sobre a construção de carteira e também de aumento de patrimônio. 
  
Antes, vamos definir o que são os dois ativos, os riscos e como eles se encaixam em uma carteira...
  
O que são?
  

Ações são pequenas partes de uma empresa. Ou seja, quando você compra uma ação, está se tornando sócio dela. E por que fazer isso? A razão é que a cota que você adquiriu pode se valorizar no futuro e você também pode receber dividendos, que é quando a empresa reparte os lucros com você. 

Já as criptomoedas, sendo o bitcoin sua representante mais famosa, são um pouco mais difíceis de explicar. Estamos falando aqui de algo inovador que serve como reserva de valor, tecnologia para pagamentos sem intermediação e dinheiro que não é emitido por nenhum governo. 
  
Existem várias moedas digitais e, muitas deles, tem um propósito específico ligado a uma tecnologia única. Quem compra um ativo digital está esperando que seu uso ganhe uma grande adoção no futuro, fazendo seu preço subir. 

Se você quer exatamente saber qual será o impacto da adoção das criptomoedas no mundo, sugiro que leia este conteúdo especial.

Os riscos
  
Ações são classificadas como renda variável, exatamente porque os valores de suas cotas estão em constante mudança. Isso acontece pelo fato de, todos os dias, serem negociadas em Bolsa. Ou seja, sobre elas recai o efeito da oferta e demanda, além dos resultados das próprias empresas. 
  
Se uma empresa é muito boa e está crescendo, mais gente pode ficar animada e querer embarcar neste sucesso. Mas, se alguma notícia ruim é divulgada, alguns acionistas podem querer se livrar esperando o pior. 
  
Da mesma forma, quando um clima ruim se instala no mercado, todas as ações podem sofrer conjuntamente, como vimos agora com a crise do coronavírus. Nem todas as empresas são iguais, mas investidores, em conjunto, podem querer evitar os riscos e vender as ações... sem se importar com fundamentos.  
  
Já as criptomoedas têm ainda mais variação no preço, por serem ainda uma novidade. Por causa disso, elas são ainda mais arriscadas: são uma aposta no futuro, na inovação dos mercados financeiros. 
  
Muita gente fica louca com esse sobe e desce dos preços, mas é exatamente isso que te permite ganhar dinheiro com estes ativos. 
  
É comprando na baixa e vendendo na alta que você consegue dar grandes tacadas. Especialmente com ações menores, as chamadas small caps, e as criptomoedas. 
  
Como fica na carteira?
  
Aqui é a parte que você precisa decidir o quanto quer se arriscar. Quando você está formando a sua carteira, é sua responsabilidade e escolha o quanto vai ter de cada tipo de ativo. 
  
Digamos que você quer ser conservador: pode aplicar apenas 20% na renda variável e não investir em moedas virtuais. Se quiser ser mais ousado, pode ir aumentando as proporções. 
  
Mas, como sempre digo, qual é a estratégia? É aumento de capital ou viver de renda com dividendos? Isso afeta diretamente esses valores. 
  
Já as criptomoedas, por serem mais arriscadas, não é recomendável que você invista mais de 5% do seu patrimônio, segundo os especialistas da Inversa. Seria aquela pimenta da carteira, que pode dar excelente resultados. Eu, por exemplo, tenho 30% do meu portfólio em renda variável e 1% em bitcoin.  
  
O importante, antes de investir, é saber exatamente no que você está investindo e como esse ativo se encaixa na sua estratégia. 
  
Se você também tem uma pergunta sobre investimentos, envie para mim neste link. Espero responder em breve.

Um abraço,

André Zara

Conheça o responsável por esta edição:

Andre Zara

Especialista em Investimentos para Leigos

André Zara é autor da newsletter “Investigador Financeiro” e sócio da Inversa. Participa das publicações Investidor Completo e Crypto Evolution e, em sua carreira, já colaborou com publicações da Folha de São Paulo, d’O Estado de São Paulo, da editora Abril e do Sebrae-SP. É investidor, empreendedor, entusiasta do mercado de criptomoedas e de projetos de disseminação da cultura de investimentos no Brasil.

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