Nota do Editor: Olá, leitor! Você quer colocar seu dinheiro para render de verdade e não tem ideia do que fazer em meio às incertezas eleitorais? Não se preocupe: na edição de hoje, o Pedro continua esmiuçando os possíveis cenários para você e os seus investimentos. E isso não é só... Você pode ter acesso também às estratégias completas de alocação dele, com exclusividade, neste link. Um abraço, André Zara.
Oi.
Agosto vai chegando ao fim e a indefinição eleitoral persiste. As pesquisas, neste estágio do processo, precisam ser feitas para dois cenários: uma com Lula e outra, sem. Para decidir em ambientes de incerteza é preciso levar em consideração aspectos que estão fora do próprio processo de decisão. O objetivo é ficar feliz ou, pelo menos, satisfeito com o desfecho final, independentemente de qual seja ele.
Para ilustrar esse ponto e evitar que paixões políticas obscureçam a análise, vou escolher dois candidatos que representam uma revolução ao que temos atualmente. Ambos têm baixíssimas chances de serem eleitos, portanto, considero que esse é um exercício teórico.
De um lado Boulos, que defende uma revolução socialista. O Estado passa a controlar a maior parte das relações individuais, concentra a propriedade e a informação e controla também todos os agentes da sociedade. O indivíduo perde relevância para o coletivo.
Amoêdo defende uma revolução liberal. O Estado deixa de atuar em grande parte das atividades econômicas e devolve ao indivíduo o poder sobre o seu destino. O indivíduo prevalece sobre o coletivo.
Olhando apenas para um portfolio de investimentos, fica fácil entender quais decisões devem ser tomadas em cada um desses dois desfechos eleitorais hipotéticos. Se formos pensar em um ajuste de carteira de investimento, não existe diferença entre um investidor pessoa física que mora no Brasil e um investidor internacional.
A decisão no caso de crença na vitória de Boulos, em ambos os casos, seria:
- reduzir exposição ao mínimo em ativos no Brasil.
- dentre os ativos no Brasil, optar por ativos reais que mantenham valor real no longo prazo.
- antes da definição da eleição, usar instrumentos financeiros que gerem lucro com deterioração do ambiente econômico, como a compra de derivativos atrelados ao dólar, por exemplo.
A decisão no caso de crença na vitória de Amoêdo, em ambos os casos, seria:
- aumentar exposição ao máximo em ativos no Brasil
- dentre esses ativos, privilegiar aqueles que se beneficiem de um maior crescimento local, de desregulamentação e de privatização.
- antes da eleição, usar instrumentos financeiros que gerem lucro com antecipação de um melhor ambiente econômico, como derivativos atrelados ao mercado de ações, por exemplo.
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Até aqui, eu citei apenas obviedades partindo do princípio que o investidor sabe, ou tem uma crença muito forte, no desfecho da eleição. Mas se você (assim como eu) não tem a menor ideia de como vai ser o futuro, qual a maneira racional de agir? Existe diferença entre a sua decisão e a de um investidor estrangeiro?
A diferença fundamental entre você e o investidor estrangeiro é que independentemente do resultado da eleição e, por consequência, do resultado do investimento dele no Brasil, no dia seguinte a vida dele segue o seu rumo normal. Já você tem que conviver no dia a dia com as consequências reais - na sua vida - de uma eleição entre Boulos e Amoêdo.
Volto novamente ao meu exemplo de Colômbia e Venezuela. O investidor que há 15 anos colocou 1.000 dólares na Venezuela e 1.000 na Colombia hoje tem zero na Venezuela e 10.000 na Colômbia. Apesar da perda da totalidade do valor investido na Venezuela, ele ainda conseguiu multiplicar o investimento total em 5 vezes. Ele tomou uma decisão que se mostrou Antifrágil.
Por outro lado, pense nas pessoas físicas que moravam na Venezuela e na Colômbia. Assim como o investidor estrangeiro, elas tinham ambas as opções. Mas qual seria o efeito na vida de cada uma delas com essas decisões?
O colombiano prudente optou por ser conservador e, por isso, em vez de multiplicar o seu patrimônio por 10 vezes em 15 anos, apenas dobrou (investindo em ativos reais na Colômbia ou fora). Já o colombiano agressivo multiplicou seu investimento por 10 vezes e está muito feliz. Mas ambos, pelo fato de estarem vivendo em um país próspero, ganharam dinheiro suficiente para ter uma vida boa na Colômbia e estão felizes morando lá.
O venezuelano prudente conseguiu preservar seu patrimônio e os ativos que ele tinha fora e dentro do país, mantendo um nível de conforto mínimo, já que as condições internas destruíram a capacidade de gerar renda com trabalho. Já o venezuelano agressivo perdeu tudo. Não somente os investimentos, mas também a sua capacidade de se sustentar com trabalho. Esse é um drama que afeta 82% da população, que vive hoje abaixo da linha de pobreza.
Acho que os exemplos, por si só, podem sugerir uma conclusão a quem não tem convicção sobre o futuro. Seja muito prudente até o desfecho da eleição. Mesmo que você perca uma oportunidade, você vai ser capaz de se recuperar e prosperar num país melhor.
Mas não seja prudente para sempre. Quando o quadro estiver claro, decida com convicção, porque as oportunidades de longo prazo não vão desaparecer com o primeiro movimento de alta. Esse será apenas o começo de uma longa fase de ganhos.
Um abraço,
Pedro Cerize
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