Global Investor #73: É hora de cobrir posições vendidas em S&P 500!

13 de outubro de 2022
Agora é a hora de se manter neutro e de "maneirar" o pessimismo com as ações americanas! Nesta nova edição, a mensagem de Marink Martins é uma de neutralidade!

Bem-vindo(a) a mais uma edição da newsletter Global Investor! 

Durante a última terça-feira (11), um importante tema balançou os mercados, o comunicado de Andrew Bailey, presidente do Banco da Inglaterra, afirmou que os fundos de pensão daquela região teriam que se ajustar até a próxima sexta-feira. Portanto, os investidores devem vender as posições na dívida britânica até o dia 14 de outubro.

No fim de setembro, tivemos uma espécie de mini crise na Inglaterra a qual os fundos de pensão, de certa forma, sofreram um impacto da elevação da taxa de juros. Os títulos de 10 anos subiram bastante! E, quando uma taxa do título de renda fixa sobe, o seu preço cai. Quando o seu preço cai, o valor colateral daquele ativo (esse título de renda fixa que muitas vezes é utilizado como colateral para diversas operações) cai. Quando isso ocorre, as chamadas adicionais de garantias (conhecida como margem) são exigidas. 

Embora o comunicado de terça-feira tenha balançado os mercados globais, na quarta-feira, vimos os mercados se segurando bem. Agora, a questão é: será que o banco da Inglaterra vai provocar uma crise dos fundos de pensão na região? Bem, alguns estrategistas acham pouco provável que isso aconteça.

Sendo assim, essa questão britânica tende a ser passageira, entretanto, ela nos fala sobre potenciais problemas em outros países, inclusive os da própria União Europeia. Mas, isso não tende a ser nem de perto um sinal de uma crise financeira global como a de 2008.

Outro evento muito importante, marcado para acontecer no dia 5 de dezembro deste ano, são as sanções já aprovadas pela União Europeia e pelo Reino Unido que entraram em vigor, de certa forma, proibindo que instituições dessas regiões promovam e apoiem operações associadas à venda de petróleo oriundo da Rússia. Essas são operações que proíbem o financiamento, os seguros e os transportes a essa comercialização por parte da Rússia. 

Trata-se de uma questão importantíssima e muitas pessoas estão falando e ansiando por essa data! 

Será que a Rússia vai conseguir vender todo o petróleo para países como a China e Rússia, por exemplo? Países esses que já vêm comprando essa commodity da Rússia sob grandes descontos no preço e esse vem sendo um ótimo negócio para a China  para a Índia, país muito vulnerável do ponto de vista energético.

Porém, caso nada seja feito em 5 de dezembro, pode ser que essa situação fique difícil para a própria Rússia, mas por quê?

Os Estados Unidos, em conjunto com os países europeus, estão estabelecendo um “price cap”, um limite no preço, e a Rússia precisa muito dos financiamentos, dos seguros e do transporte. Tudo isso oferecido por europeus, sendo um fluxo nada facilmente substituível.

Por isso, o dia 5 de dezembro é uma importante data para nos prepararmos em relação às nossas operações. Contudo, antes dessa data, existe algo que também pode provocar uma grande mudança, ao nível global, em todo esse cenário e desafios…

A reunião do G20 marcada para ocorrer no dia 15 de novembro em Bali, na Indonésia, é uma ocasião em que podemos ter uma reviravolta cambial e também em toda essa tensão geopolítica, que não é nada conclusiva. 

E, algo que é abordado por grandes estrategistas globais, como Louis Gave, Arthur R. Kroeber e Charles Gavekal, profissionais que estão mais próximos e analisando todo esse ambiente, provocam-nos um alerta para certos riscos e até mesmo para uma virada positiva. 

E mais! Nesta semana, Janet Yellen, a secretária do tesouro dos Estados Unidos, fez um comentário dizendo que os “brokers dealers” (corretoras e bancos de investimentos) estão sofrendo em termos de liquidez. 

Analisando essa preocupação com o próprio sistema norte-americano por parte de Yellen, é possível que os níveis de 3.600 pontos no S&P (embora o índice ainda não esteja barato) comecem a ser um ponto que, talvez, você investidor, vendido por muito tempo, deva considerar para deixar de ficar vendido a descoberto. 

Bem, essa não é uma recomendação e nem uma indução para você realizar um trade de curto prazo, mas sim, uma atenção aos importantes eventos desta semana e para o índice S&P! 

Aguardo você na próxima edição!

Um grande abraço,
Marink Martins.
 

Conheça o responsável por esta edição:

Marink Martins

Especialista em Opções e Mercados Globais

Formado em Finanças pela University of North Florida, em Jacksonville, Marink Martins é um dos maiores especialistas do Brasil em operações não direcionais, com especial foco em Opções e em volatilidade. Em seus mais de 20 anos no mercado financeiro, experimentou as euforias da Bolsa de Valores e sobreviveu às suas piores crises, tendo contato com as principais estratégias de investimento em Wall Street.

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