Global Investor #37: Volatilidade, Geopolítica e China

2 de fevereiro de 2022
Nesta nova edição, Marink Martins realiza uma atualização sobre temas já discutidos por aqui: a volatilidade implícita, a tensão geopolítica na Ucrânia e o esforço do partido comunista chinês para estabilizar a economia do país.

Bem-vindo(a) a mais uma Global Investor!


Na semana passada, nossa última edição apresentou o tema referente à volatilidade implícita da Petrobras que estava baixa em relação à praticada nos ativos norte-americanos.

Na última sexta-feira, 28 de janeiro, aconteceu um recuo no mercado e a volatilidade implícita subiu e logo voltou a cair tanto no Brasil quanto lá fora. Isso se deu porque nos Estados Unidos aconteceram fortes operações dos mercados. 

O VIX havia subido um desvio padrão para 28% e, logo em seguida, tivemos dois desvios para 36%, agora, ele caiu significativamente com o resultado positivo da Apple.

Hoje, quarta-feira, 2 de fevereiro, o mercado abriu um pouco melhor, apresentando fortes resultados provenientes da Google que contribui para esse cenário de uma volatilidade mais baixa. 

Ainda nesse tema, vale enfatizar que nos momentos mais difíceis do mercado foi possível observar muitas demandas por put — diversos investidores comprando proteção em um momento errado —  e quando isso ocorre, os Dealers que vendem a proteção para os investidores do varejo que ficam em uma situação vendidos em VOL e o mercado passa a operar sobre um diferente regime. 



E sobre as questões geopolíticas, o estrategista Anatole Kaletsky, um dos fundadores da casa de pesquisa Gavekal, ressalta que mais importante do que a mudança de regime de política monetária do Fed é a questão associada à Ucrânia. 

O Banco Central norte-americano está otimista no que diz respeito a uma saída diplomática, afirmando que nos últimos dias, boa parte da melhora dos mercados faz relação com uma franco-germânica em prol de uma solução pacífica. Kaletsky também acredita em uma medida harmônica e esse é um aspecto positivo para os mercados.

Nesta semana, acontece na China o grande feriado chinês, o Ano do Tigre em celebração ao novo ano. Entretanto, as mensagens sobre o país em relação a sua política monetária, um “afrouxamento” de certa forma tardio, vêm em um contexto de estabilizar a economia. 

De forma alguma é possível ver o ímpeto fiscal ou monetário, o mesmo que observamos após a grande crise de 2008 ou mesmo após 2015 e 2016, quando a China estimulou muito a sua economia através da construção civil. 

Mas, dessa vez, esses mesmos movimentos passados não estão ocorrendo e não deverão ocorrer!

Logo, para aqueles que estão muito otimistas com relação ao superciclo das commodities, precisa levar todas essas informações e contexto em consideração.
 

Espero que tenha gostado da edição!

 

Um grande abraço,
Marink Martins.

Conheça o responsável por esta edição:

Marink Martins

Especialista em Opções e Mercados Globais

Formado em Finanças pela University of North Florida, em Jacksonville, Marink Martins é um dos maiores especialistas do Brasil em operações não direcionais, com especial foco em Opções e em volatilidade. Em seus mais de 20 anos no mercado financeiro, experimentou as euforias da Bolsa de Valores e sobreviveu às suas piores crises, tendo contato com as principais estratégias de investimento em Wall Street.

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