Global Investor #30: Sinal verde!

8 de dezembro de 2021
Nesta nova edição da Global Investor, Marink Martins apresenta os dois eventos que vem contribuindo para uma retomada na valorização dos ativos brasileiros.

 

Bem-vindo(a) a mais uma edição da newsletter Global Investor!

 

Há uma pivotagem — ou “meia volta, volver” — promovida por Jerome Powell, o presidente do FED (Banco Central dos Estados Unidos), e também um certo “pivot” que aconteceu no início desta semana na China, gerando grandes repercussões para os mercados globais.

Grandes repercussões em particular para o nosso mercado brasileiro.

Até pouco tempo atrás, Powell mantinha a narrativa de inflação transitória e que, de certa forma, tudo se encaminhava para um possível tapering, dessa vez com um aspecto mais lento. 

O mercado pressionou e Jerome Powell ganhou mais quatro anos de mandato, juntamente com a popularidade de Biden cada vez mais baixa, a inflação passou a ser o tema econômico mais discutido nos Estados Unidos. 

Toda essa pressão contribuiu para uma mudança de postura no FED. 

Primeiramente, Powell solicitaria que o vice-presidente do FED, Richard Clarida, declarasse que o tapering pudesse ocorrer mais rapidamente. 

Foi confirmado que esse tema já está em discussão e o mercado futuro de fed funds, que são as taxas básicas americanas, já se ajustou, e ainda há previsões de dois, até três ajustes para o próximo ano. O mercado sofreu!

Na semana passada ocorreu um grande ajuste nos Estados Unidos, e ao observar o S&P, não é possível visualizar quedas expressivas, entretanto, houve uma rotação muito forte. 

As ações da “insanidade”, empresas as quais já mencionei inúmeras vezes por aqui, negociam com o valor de mercado equivalente até 30 vezes vendas. Esse tipo de ação sofreu muito. 

Podemos mencionar o exemplo da empresa TelaDoc que tomou um tombo de 40% na semana passada, e também a empresa Peloton, isso já equivale à 30% de toda a máxima.

Foram diversas as quedas.

 

 

Por aqui no Brasil, as ações “insanidades” também sofreram bastante.

Entretanto, no geral, esse movimento tem sido algo positivo para o Brasil, estamos de volta no trade da convergência entre Bovespa e S&P500.

Estamos caminhando bem e tem muito mais para acontecer!

Houve um “pivot” proveniente do banco central chinês, no Partido Comunista chinês como um todo.

A China reduziu pela segunda vez no ano a taxa do compulsório e não alterou a taxa básica da economia chinesa. 

A casa de pesquisa Gavekal julga ser essa uma questão de tempo, e que no começo de 2022 eles serão forçados a reduzir a taxa de juros. Logo, esse trend da convergência pode beneficiar o Brasil consideravelmente.

Os dois maiores bancos centrais do mundo, o FED agora pensando na inflação e na popularidade de Biden, e a China com o PBoc focado no mercado imobiliário chinês, que de fato vem sofrendo uma desaceleração muito forte, obviamente algo precisaria ter sido feito.

E foi feito!

Algo sucinto, porém com uma tendência a ganhar tração já no começo do próximo ano. 

Muito já discuti por aqui na Global Investor sobre o S&P, se subiu, se caiu… Mas, hoje quero concluir que a tendência do momento é o trade da convergência! 

O Ibovespa tende a recuperar boa parte do espaço perdido em relação aos outros principais índices globais. 

 

Espero que tenha gostado desta edição!

 

Um grande abraço,

Marink Martins. 

Conheça o responsável por esta edição:

Marink Martins

Especialista em Opções e Mercados Globais

Formado em Finanças pela University of North Florida, em Jacksonville, Marink Martins é um dos maiores especialistas do Brasil em operações não direcionais, com especial foco em Opções e em volatilidade. Em seus mais de 20 anos no mercado financeiro, experimentou as euforias da Bolsa de Valores e sobreviveu às suas piores crises, tendo contato com as principais estratégias de investimento em Wall Street.

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