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Há uma pivotagem — ou “meia volta, volver” — promovida por Jerome Powell, o presidente do FED (Banco Central dos Estados Unidos), e também um certo “pivot” que aconteceu no início desta semana na China, gerando grandes repercussões para os mercados globais.
Grandes repercussões em particular para o nosso mercado brasileiro.
Até pouco tempo atrás, Powell mantinha a narrativa de inflação transitória e que, de certa forma, tudo se encaminhava para um possível tapering, dessa vez com um aspecto mais lento.
O mercado pressionou e Jerome Powell ganhou mais quatro anos de mandato, juntamente com a popularidade de Biden cada vez mais baixa, a inflação passou a ser o tema econômico mais discutido nos Estados Unidos.
Toda essa pressão contribuiu para uma mudança de postura no FED.
Primeiramente, Powell solicitaria que o vice-presidente do FED, Richard Clarida, declarasse que o tapering pudesse ocorrer mais rapidamente.
Foi confirmado que esse tema já está em discussão e o mercado futuro de fed funds, que são as taxas básicas americanas, já se ajustou, e ainda há previsões de dois, até três ajustes para o próximo ano. O mercado sofreu!
Na semana passada ocorreu um grande ajuste nos Estados Unidos, e ao observar o S&P, não é possível visualizar quedas expressivas, entretanto, houve uma rotação muito forte.
As ações da “insanidade”, empresas as quais já mencionei inúmeras vezes por aqui, negociam com o valor de mercado equivalente até 30 vezes vendas. Esse tipo de ação sofreu muito.
Podemos mencionar o exemplo da empresa TelaDoc que tomou um tombo de 40% na semana passada, e também a empresa Peloton, isso já equivale à 30% de toda a máxima.
Foram diversas as quedas.
Por aqui no Brasil, as ações “insanidades” também sofreram bastante.
Entretanto, no geral, esse movimento tem sido algo positivo para o Brasil, estamos de volta no trade da convergência entre Bovespa e S&P500.
Estamos caminhando bem e tem muito mais para acontecer!
Houve um “pivot” proveniente do banco central chinês, no Partido Comunista chinês como um todo.
A China reduziu pela segunda vez no ano a taxa do compulsório e não alterou a taxa básica da economia chinesa.
A casa de pesquisa Gavekal julga ser essa uma questão de tempo, e que no começo de 2022 eles serão forçados a reduzir a taxa de juros. Logo, esse trend da convergência pode beneficiar o Brasil consideravelmente.
Os dois maiores bancos centrais do mundo, o FED agora pensando na inflação e na popularidade de Biden, e a China com o PBoc focado no mercado imobiliário chinês, que de fato vem sofrendo uma desaceleração muito forte, obviamente algo precisaria ter sido feito.
E foi feito!
Algo sucinto, porém com uma tendência a ganhar tração já no começo do próximo ano.
Muito já discuti por aqui na Global Investor sobre o S&P, se subiu, se caiu… Mas, hoje quero concluir que a tendência do momento é o trade da convergência!
O Ibovespa tende a recuperar boa parte do espaço perdido em relação aos outros principais índices globais.
Espero que tenha gostado desta edição!
Um grande abraço,
Marink Martins.