Bem-vindo(a) a mais uma edição da newsletter Do Mercado!
Para todos que acompanham a Inv, essa edição não será nenhuma novidade, mas, devido ao risco que acreditamos ser assimétrico, essa será uma importante mensagem para aqueles que estão com apostas positivas (comprados em Bolsa, dado no pré ou vendido no câmbio, por exemplo) para o evento segundo turno.
Por meio da newsletter Do Mercado, dos nossos Relatórios Especiais e pelas nossas alocações em carteiras recomendadas, ficou evidente que nunca acreditamos, desde o primeiro turno, que as eleições eram uma oportunidade de ganhar dinheiro. Na verdade, acreditamos ser o oposto, uma verdadeira arapuca. E, a cada vez mais, o mercado parece estar começando a concordar com as nossas perspectivas.
Como na última edição Do Mercado, comentamos que os papeis de Petrobras e Banco do Brasil caíram 15%. E, Petro afetou 75 bilhões de valor de mercado e, provavelmente, este ajuste não foi o suficiente, portanto, há espaço para mais! Foi onde, principalmente nos últimos dias, vimos a possibilidade do pior cenário possível para segunda-feira (31), após o segundo turno.
Esse é um momento em que a eleição aproxima os níveis, impossibilitando a convicção de algum resultado. As notícias sobre inserções eleitorais direcionadas ao Lula, partidas do TSE, de certa forma até mesmo imparcial, são afirmações não confirmadas. Mas, diversas especulações sobre o favoritismo de Lula se sobressaem. Muitas pessoas tendem a achar que o cenário da eleição teria sido outro se os novos fatos não tivessem acontecido.
Isso se dá, embora, mais uma vez, não seja possível ter a certeza de que a melhora de Bolsonaro era de fato verdadeira, dado as discrepâncias das pesquisas eleitorais, logo, a única certeza foi a aprovação dos resultados eleitorais do segundo turno. Mas, caso você acredite que Bolsonaro estava performando melhor, mas acabou perdendo por causa do outro lado, as chances de instabilidades aumentam, ou seja, o pior cenário para o caminhar dos resultados do segundo turno.
Por aqui, afastamos essas possibilidades e ruídos para enxergarmos um horizonte mais claro e focar apenas no segundo turno. Porém, esses ruídos estão acontecendo de tal forma que as tensões estão cada vez maiores. Toda essa “confusão” impacta negativamente os ativos, principalmente os ativos de riscos, e essa instabilidade pode impactar no mercado financeiro como um todo, fazendo com que voltemos a enfatizar a nossa cautela! Não vale a pena manter grandes posições para o evento mais esperado do ano, sobretudo em dias tão intensos no mercado.
A Bolsa segue acima dos 100 mil pontos, mais especificamente em 114 mil pontos, e esse é um número alto! Quando Bolsonaro apareceu melhor posicionado nas pesquisas, a Bolsa alcançava 96 mil pontos e assim seguiu aumentando e após o segundo turno, a vimos bater 112 mil pontos.
Agora, reiteramos o que já vínhamos apresentado nas semanas anteriores, pois acreditamos que a nova correção ainda não foi suficiente e até o momento, se faz importante reduzir as posições, manter-se pouco posicionado e estar com bastante caixa porque todos teremos oportunidades de sobra! E os investidores que mantiverem o emocional saberão aproveitar as oportunidades da melhor forma.
Espero você na próxima edição!
Um grande abraço,
Rodrigo Natali.
