Olá!
Na semana passada, o dólar fez a máxima do ano contra as moedas estrangeiras. As commodities subiram um acumulado de 34%.
Desde o começo do ano, especialmente nos últimos meses, a impressão que se tem é que a bolsa americana está subindo e realizando máximas diariamente.
Desde o Labor Day (feriado nacional nos Estados Unidos), quando comentei que as coisas poderiam começar a mudar lá fora, essa impressão indicava que o dólar estava caindo e estava mais fraco contra outras moedas, inclusive devido aos altos dados da inflação.
Esses são os motivos pelos quais devemos observar um fluxo para as commodities e para o câmbio.
Mesmo que a percepção seja de que o dólar está caindo, o que está acontecendo é o contrário. No momento, pode não parecer um parâmetro significativo, mas, ao ano, o dólar está subindo 5%.
Pode não parecer muito, mas a principal referência de preços do dólar no exterior é contra moedas estáveis, como o euro, a libra, franco suíço e até mesmo o iene.
Enquanto o real tem uma volatilidade muito maior.
Vou explicar: vamos supor que o real tenha uma volatilidade 50% maior que a volatilidade do câmbio. Um movimento de 5%, em nosso padrão, e utilizando R$5,00 como referência, é um movimento de aproximadamente 0,38 centavos. Ou seja, o dólar sai de R$5,00 e passa a custar R$5,38.
Esse foi o tamanho do movimento que aconteceu no mês de julho até o momento: 5%.
Foi um movimento bem expressivo.
Isso tem confirmado a tese que compartilhei em edições passadas: as commodities tendem a subir e se fortalecer.
Isso porque a China nem mesmo começou a subir e acelerar a economia de fato.
Imagine só quando, de fato, isso começar a acontecer?
O dólar está se valorizando contra todas as moedas; no Brasil de modo mais comportado, mas já sabemos que esse é um efeito que será compensado em determinado momento.
Isso tende a se equilibrar com o tempo. E acredito que isso pode acontecer aqui no Brasil também.
Espero que tenha gostado!
Um abraço,
Rodrigo Natali.