Inversa na Copa #8 - O Catar é logo ali...

7 de julho de 2018
A moeda caiu do mesmo lado em Kazan

Nota do Editor: Pois é, leitor... Não deu. Paramos na melhor geração da Bélgica. E o Pedro não deixa escapar nenhum detalhe para você na edição de hoje. Agora, o sonho do hexa segue para o Catar, em 2022. E, até lá, milhares de pessoas comuns já terão acumulado fortunas na Bolsa para assistir a tudo de perto com a tranquilidade financeira que merecem. Você pode estar entre elas – graças a uma nova febre de investimentos com potencial 10 vezes maior que as da maconha e do bitcoin. Para saber mais, basta acessar este link, sem compromisso. Um abraço, Frederico Rosas.

Caro leitor, cara leitora,

Esta não é uma newsletter fácil de escrever. Ser eliminado de uma Copa do Mundo, definitivamente, não é fácil. Ver a eliminação de dentro do estádio, diante de seus olhos, chega a ser traumatizante. Mas acho que a dor que mais dói, neste momento, é saber que dava. Que foi por pouco, muito pouco.

Pela bola do Coutinho que não entrou, por outra do Renato Augusto que raspou a trave, pelo gol contra sem explicação que mudou a história da partida. O Brasil perdeu para a Bélgica e para o azar em Kazan – e isso dói mais que o 7 a 1, porque, apesar do tamanho daquela aberração, naquela vez a gente não tinha chance, mesmo.  

              

Uma vez, ouvi de um investidor uma explicação para a beleza do futebol. Era uma tese matemática, na verdade: quando um evento se repete muitas vezes, ele tende ao mais provável. Por exemplo: uma moeda tem 50 por cento de chances de cair virada como cara e 50% como coroa. Se você jogar mil vezes, vai dar algo perto de 50% para cada lado. Mas, se jogar apenas três vezes, pode acontecer de dar três vezes coroa.

E é por isso que, no futebol, um time pior ganha do melhor. Porque o evento que decide o jogo (o gol) acontece poucas vezes. Não é como no vôlei ou no basquete, em que o “excesso de pontos” faz com que o melhor time quase sempre ganhe – ou seja, a coisa tende para o mais provável.

No futebol, um único gol decide a partida. E, nesta sexta-feira, a moeda caiu teimosamente virada para o lado da Bélgica.


O hexa ficou para 2022, mas você pode ter motivos de sobra para comemorar ainda este ano por conta de uma nova febre dos investimentos. Mas você precisa estar posicionado agora para aproveitar todo o potencial dessa janela histórica, que, assim como a Copa, só acontece de tempos em tempos. Acesse AQUI para lucrar 10x mais com essa oportunidade.


A sensação dos brasileiros que caminhavam para a Arena Kazan, antes da partida, era de confiança, de que tudo não passaria de uma formalidade. Não havia, nem de longe, a tensão como no jogo contra o México. Uma verdadeira procissão verde e amarela marchou por uma das mais bonitas cidades russas, rumo a um dos mais suntuosos estádios da Copa do Mundo.

Todos eram apenas sorrisos e confiança. Até aquele escanteio...

Talvez o maior ônus dessa eliminação tenha ficado mesmo para Neymar. Justa ou não, é impressionante como a pecha de cai-cai colou. Ao verem alguém com a camisa do Brasil, muitos diziam “Neymar” e colocavam o polegar para baixo. Copas são donas de narrativas imensas e poderosas, que constroem heróis como Romário e vilões como Barbosa.

Mas se Kazan será para sempre uma memória amarga dentro das quatro linhas para os brasileiros, ela deixará lembranças muito agradáveis fora delas. É uma cidade linda e bem desenvolvida, além de riquíssima em termos de história, cultura e lazer – é quase impossível visitá-la e não querer contar a todo mundo cada uma de suas curiosidades...

Para começar, Kazan tem um passado ligado aos povos tártaros, que trouxeram para cá a religião muçulmana. Por isso ela é cheia de mesquitas e restaurantes de influência turca.

               

Pelas ruas, muitas bandeiras do antigo Tartaristão enfeitam os muros, mas não existe um clima de tensão separatista como nas repúblicas do Cáucaso.

Na região central (o Kremlin), uma lindíssima mesquita (a Kul Sharif) fica bem ao lado da Catedral da Anunciação, que é cristã ortodoxa (e, aliás, foi projetada pelo mesmo arquiteto que fez a Catedral de São Basílio, a mais famosa de Moscou, na Praça Vermelha, construída, por sinal, para comemorar a conquista de Kazan por Ivan, o Terrível, em 1555).


Os russos, como os brasileiros, vêm sentindo os efeitos da valorização do dólar nos últimos meses. E a moeda americana ameaça subir ainda mais, podendo dobrar de valor. Mas você pode pegar carona nessa alta: basta ler este conteúdo que explica, em detalhes, como lucrar com o dólar agora.


A cidade também deixaria marcas na história do país séculos depois. Em Kazan, Lênin viveu um ponto de inflexão em sua trajetória. Em 1887, ele entrou para a faculdade de Direto daqui. Três meses depois, foi expulso por participar de protestos estudantis.

Então se aprofundou nas leituras socialistas e, enquanto morava em uma casa de paredes avermelhadas com sua família, não muito longe da universidade, declarou-se pela primeira vez um marxista. Hoje, a casa é um simpático museu, onde os cômodos guardam uma série de objetos dele e da família. E a faculdade exibe seu rosto no alto da fachada.

              

De qualquer forma, Kazan é uma das cidades russas que menos tem ares socialistas. Primeiro porque tem uma atmosfera mais asiática, emprestada pelos tártaros – o que faz com que, de todas as cidades pelas quais passamos, Kazan seja aquela onde a Rússia é mais diversa e colorida.

Segundo porque é moderna, dinâmica, cheia de restaurantes sofisticados e bares descolados. Muitos turistas brasileiros se disseram surpresos por encontrar tantas e tão boas opções de lazer por aqui – e me incluo entre eles.

              

Kazan (com quase 2 milhões de habitantes) parece mais próspera que a sempre elogiada São Petersburgo (com 5 milhões). Nesse sentido, eu diria que ela só perde para Moscou.

Bem… A Copa acabou para o Brasil, mas não acabou de fato. E na próxima semana vamos publicar uma edição que tenho rascunhado desde que cheguei por aqui: uma lista de coisas que aprendi na Rússia e que ajudam a entender melhor o país.

Nela, vou aproveitar para responder a algumas dúvidas que chegaram pelo copa@inversapub.com e que ainda não foram respondidas.

Se tiver alguma, aproveite para mandar. Será, com certeza, um texto bem mais fácil de escrever do que este, feito sob o torpor da eliminação na Copa...

Mas vamos em frente!

Forte abraço e até breve,

Pedro Carvalho

P.S.: Já imaginou descobrir um talento como Neymar ou o belga De Bruyne antes mesmo de eles explodirem no mercado? Na Bolsa, milhares de especialistas se debruçam todos os dias em descobrir a próxima febre dos investimentos. A equipe da Inversa acaba de identificar uma nova onda com potencial 10 vezes maior que as da maconha e do bitcoin. Para se antecipar e ganhar de verdade com esse movimento, basta acessar este link.

A Inv é uma Casa de Análise regulada pela CVM e credenciada pela APIMEC. Produzimos e publicamos conteúdo direcionado à análise de valores mobiliários, finanças e economia.
 
Adotamos regras, diretrizes e procedimentos estabelecidos pela Comissão de Valores Mobiliários em sua Resolução nº 20/2021 e Políticas Internas implantadas para assegurar a qualidade do que entregamos.
 
Nossos analistas realizam suas atividades com independência, comprometidos com a busca por informações idôneas e fidedignas, e cada relatório reflete exclusivamente a opinião pessoal do signatário.
 
O conteúdo produzido pela Inv não oferece garantia de resultado futuro ou isenção de risco.
 
O material que produzimos é protegido pela Lei de Direitos Autorais para uso exclusivo de seu destinatário. Vedada sua reprodução ou distribuição, no todo ou em parte, sem prévia e expressa autorização da Inversa.
 
Analista de Valores Mobiliários responsável (Resolução CVM n.º 20/2021): Nícolas Merola - CNPI Nº: EM-2240